Apê clean e multifuncional, de 55 m², ganha ares de balada à noite
Com atmosfera calma e minimalista durante o dia, o apartamento se transforma com luzes coloridas à noite
O arquiteto Antônio Armando de Araújo foi escolhido para fazer o projeto do apartamento de 55 m² para um economista que morou a vida toda de aluguel e não tinha o sonho da casa própria. Apesar disso, aos 40 anos, Matheus resolveu comprar o apartamento na planta e nesse meio tempo ganhou amor e fez o apartamento com tudo que sempre quis.
Dois anos antes de receber as chaves, eles começaram a planejar o apartamento e tudo foi seguido à risca. Um dos pedidos do Matheus foi que a moradia tivesse uma pegada minimalista com poucos móveis e muito espaço para receber os amigos, pois na casa dele atual ele não recebia ninguém já que não via a casa como convidativa.
Com esse pedido e o de um espaço onde ele pudesse tocar, o dormitório jamais poderia ficar grudado na varanda e também ficaria difícil integrá-los, pois o quarto não teria privacidade. Por isso, a planta foi espelhada, a cozinha virou dormitório, e o dormitório, cozinha.
Daí, surgiu uma questão que foi deixar a cozinha e a lavanderia junto com a sala de TV. A solução foi a estante verde, que é multifuncional: cozinha, lavanderia, home theater e até despensa. Ela não tem o papel só de esconder, como também funciona como uma cozinha super compacta, mas que tem tudo o que uma casa precisa.
Atrás da TV foi criado um local para armazenar bebidas e um guarda-volumes. A tv está fixada na porta e a porta fixada com dobradiças reforçadas estando toda a fiação dentro do móvel. A inspiração dessa estante veio dos apartamentos europeus, onde é muito comum brincar de esconde-esconde com as coisas da casa.
“Um detalhe que gostamos muito no projeto é a prateleira que do living percorre a parede.” Conta Antonio. A prateleira foi fixada com cabo de aço e atrás dela tem um rasgo, que percorre a cortina Blackout, e termina dentro do armário, pode ser utilizado normalmente.
O home office foi colocado de forma que ele conseguisse ver a rua mesmo que de frente pra parede. “Na época do projeto não tinha tanto valor pra ele, mas hoje ele tem contrato de teletrabalho pelo banco que trabalha.”
De acordo com o arquiteto, o cliente é baladeiro, gosta de música eletrônica e viaja por diversos países para ir a festivais. Por isso, a ideia foi criar um cenário clean, que pudesse mudar completamente à noite, com ajuda de lâmpadas.
Na varanda fica a sala de jantar, que também é o ponto de encontro dos amigos em dias de receber. A ideia é mover a mesa e deixar solto o sofá solto, que foi desenhado pelo escritório do arquiteto para o projeto. A mesa funciona como apoio para ele tocar. Pensando em armazenamento, a base do sofá é recheada de armários. Também ali tem espaço para ele guardar o CDJ e utensílios.
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O lavabo minimalista e intimista, com piso e a parede de cimento queimado, e para a luz foi usada fita de LED na tabica para criar uma espécie de luz indireta. O quadro, que veio de Amsterdam, foi a primeira compra do Matheus para a casa.
“Para o banheiro inicialmente tentamos aproveitar tudo que a construtora estava entregando já que estava numa boa qualidade. Entretanto, no meio do processo vimos claramente que ele não estava 100% satisfeito e que queria um banheiro de revista!”
Por isso, Antônio desenhou um gabinete ripado na cor preta com gavetas e tulha para roupas sujas. No box, foi aberto um nicho e montado com o mesmo porcelanato da obra. O box é todo de ferro com vidros incolores indo até o teto.
“No teto criamos um rasgo e ali dentro colocamos uma lâmpada tubular, que tem o efeito também de luz indireta, de noite fica super intimista!” O espelho também é ferro de serralheria.
Para o quarto, que fica logo na entrada, o arquiteto quis criar algo impactante, mas que também desse privacidade, uma vez que o quarto é o primeiro ambiente após a entrada. “Dizem que a primeira impressão é a que fica,” explica Antônio. “Sendo assim, tentamos impressionar logo na entrada com o painel de ferro feito de serralheria e vidros canelados. A ideia do vidro foi criarmos uma certa curiosidade do tipo ‘O que tem ali atrás?'”
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