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Como criar uma decoração atemporal

Você ainda pode exibir sua personalidade e não ter um espaço datado

Por Redação
Atualizado em 29 fev 2024, 11h59 - Publicado em 9 jul 2022, 13h00
Dupla de cadeira de madeira
Na varanda, o modelo clássico das cadeiras cria um ponto de refúgio e tranquilidade (Estúdio São Paulo/Casa.com.br)
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Sala de estar com tapete e almofadas coloridas
Com a área social integrada, o projeto atemporal proposto pelo Studio Tan-gram levou em conta uma grande demanda das pessoas atualmente: o retorno ao natural, com a madeira em posições específicas do décor e plantas que propõe pontos verdes e orgânicos na sala (Estúdio São Paulo/Casa.com.br)

Novas tendências, décadas passadas sendo revisitadas e uma enxurrada de itens e produtos são lançados todos os dias. O período em que estamos vivendo é marcado por um tsunami de informações e tudo isso, é claro, faz uma referência direta com a arquitetura e decoração.

Mas, será que mesmo com essas mudanças constantes é possível decorar a casa de maneira longeva e com escolhas que não se caracterizem como ‘datadas’ com o passar do tempo? Spoiler: Sim!

As arquitetas Claudia Yamada e Monike Lafuente, do Studio Tan-gram, trazem como exemplo os projetos executados pelo escritório para mostrar como criar uma decoração atemporal com personalidade:

Tons neutros como elemento-chave

Sala de estar com toques em roxo
A base neutra foi o ponto de partida desse projeto do Studio Tan-gram, que coloriu o espaço com um sofá e tapete roxo (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)

Um dos grandes mecanismos para garantir que um ambiente se mantenha atemporal é apostar em uma predominância dos tons claros.

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“Normalmente, buscamos trabalhar com uma base o mais neutra possível. Claro que, dependendo do conceito do projeto, as cores se fazem presente e isso é perfeito! Entretanto, esse efeito é realizado comumente por meio da aplicação em itens complementares – como almofadas, mantas, mesa lateral e outros elementos que podem ser substituídos facilmente ao longo do tempo”, explicam as profissionais.

Cozinha com marcenaria em azul e luzes LED
Os tons terrosos do projeto entram em harmonia com elementos naturais como as plantas e o amadeirado, trazendo conforto, charme e sensorialidade para o décor do ambiente. Além disso, a sobriedade é quebrada com a força do azul-marinho no armário aéreo da cozinha (Estúdio São Paulo/Casa.com.br)

Até mesmo essa ideia de predominância pode ser alterada caso o morador expresse o desejo de viver mais perto das cores e fugir de uma paleta mais tradicional, assim como pode utilizar tons mais fechados, como o azul-marinho ou o amadeirado. O sofá ou uma marcenaria planejada também podem receber tons mais intensos, se esse for o desejo do morador.

Afinal, hoje em dia é muito mais fácil realizar a troca dos acabamentos e promover uma mudança no ambiente sem que seja necessária a troca de todo o mobiliário.

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Dupla de cadeira de madeira
Na varanda, o modelo clássico das cadeiras cria um ponto de refúgio e tranquilidade (Estúdio São Paulo/Casa.com.br)

“Antigamente, o atemporal era automaticamente relacionado com o emprego de tons claros. Mas tudo segue de acordo com o momento que estamos vivendo. Pensando na harmonia, a utilização de cores complementares ou análogas também pode resultar em um projeto não “datado”. Tudo depende do olhar meticuloso dos profissionais à frente do projeto”, analisa Monike.

Para ela, hoje em dia o cinza é um dos tons empregado com o intuito de atribuir beleza e, ao mesmo tempo, ser a sustentação para aplicar outras tonalidades expressivas.

Investir no durável e inovar no básico

Sala de estar com detalhes em azul
O porcelanato utilizado para o piso desse projeto do Studio Tan-gram garante praticidade e durabilidade. Fácil de limpar e sem correr o risco de arranhar, como no caso de uma madeira natural. O piso funciona como uma base neutra e atemporal para que seja feita a disposição do décor. Nas salas de estar e jantar integradas, o branco e o azul da sala foram um contraponto à base neutra (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)
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Outro ponto inevitável para se refletir, quando o assunto é um décor que não perde a validade, é exatamente sobre a durabilidade dos elementos que integram o espaço.

“Tudo o que é sintético acaba durando mais”, afirmam as arquitetas que sugerem, por exemplo, a utilização de amadeirado ao invés de folha de madeira, ou palha sintética ao contrário da palha indiana, evitando a manutenção frequente do décor. Se você gosta do piso de madeira, mas sabe que ele dá mais trabalho, saiba que existem outras alternativas, como porcelanato e vinílico, que tem o aspecto estético muito similar e vão durar mais.

O que vem pela frente?

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Projeto do Studio A+G Arquitetura (Produção Visual: A+G arquitetura/Fotos: Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/Casa.com.br)

Mesmo com o passar dos anos, alguns mobiliários e itens decorativos permanecem no gosto popular, sendo impossível rotulá-los como tendências do passado.

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“Algumas peças acabam ficando batidas em função da criação de réplicas, como as poltronas Charles Eames. Ainda assim, acredito que ela segue como duradoura, pois é super ergonômica e confortável! Contudo, quem quer eliminar essa sensação de algo ‘batido’, precisa implementar um sentido para ela. É nosso papel envolvê-la no décor em um alinhamento mais contemporâneo”, declara Claudia.

Banheiro com parede verde
(Renata D'Almeida/Casa.com.br)

Partindo para as tendências atuais, elas são enfáticas no desejo de trazer o natural para dentro de casa. Hoje, paletas com tons terrosos e verdes, materiais rústicos e plantas podem ser vistos com frequência nos interiores.

A explicação para isso está nos próprios movimentos da sociedade atual e nas soluções que procuramos, enquanto indivíduos, para manter o bem-estar nesse cotidiano cada vez mais acelerado. “A natureza, de uma maneira geral, te traz para o momento presente. Eu acredito que isso veio para ficar”, finaliza Claudia.

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