Reforma cria área social de 98m² com lavabo marcante e sala íntima
A arquiteta Fernanda Medeiros utilizou a madeira como elemento chave e equilibrou o tom quente do material com uma paleta pontuada de azuis
Depois de visitar um apartamento de amigos que havia sido reformado pela arquiteta Fernanda Medeiros, um casal com dois filhos se empolgou e decidiu renovar o apartamento onde já moravam, no Jardim Botânico (zona sul do Rio de Janeiro) para melhor atender às atuais necessidades da família.
O projeto encomendado à mesma arquiteta está sendo executado em etapas e a primeira delas acaba de ser finalizada, contemplando a área social, que tem 98m² e engloba sala, home office, lavabo, hall social e varanda.
“Na área social, eles pediram uma sala de tv que acomodasse bem toda a família, um estar amplo para receberem confortavelmente parentes e amigos, um lavabo com visual ousado e um grande louceiro. Eles também queriam que a varanda fosse mais integrada à sala e que o home office pudesse ser usado como sala íntima da família, sem deixar de ser funcional”, conta Fernanda.
A arquiteta manteve o layout da planta da área social, já que seu formato original em Z permitia setorizar bem os ambientes e, ao mesmo tempo, integrá-los. Ela projetou um extenso móvel de marcenaria que percorre as paredes da sala de tv e de jantar, unindo visualmente os ambientes, ora servindo de banco (sob a janela) ora de rack (sob a tv) ora de buffet de apoio na área do jantar.
A madeira é, aliás, o principal elemento do projeto, presente não só no piso original de tábua corrida como também na maioria dos móveis e no acabamento da marcenaria desenhada pela arquiteta. Para equilibrar este material “quente”, ela pontuou o décor com elementos em tons frios de azul, com destaque para o tapete de estampa geométrica, algumas almofadas, quadros, assento de cadeiras, adornos e o papel de parede do lavabo, trazido de Londres.
“O tapete trouxe um ar contemporâneo e jovem ao ambiente e ajudou a suavizar a presença de elementos clássicos, como a tábua corrida, o mármore Carrara e os móveis antigos”, avalia Fernanda.
“No geral, procurei valorizar objetos, obras de arte e móveis de boa qualidade que já faziam parte do acervo da casa, a exemplo da escrivaninha, a cômoda do século passado e as gravuras da botânica Margareth Mee, e mesclar tudo com peças contemporâneas, de design assinado, como o banquinho Mocho, de Sergio Rodrigues, o espelho de parede Chuva, de Leo Romano, e banco Neocloud, de Humberto da Mata”, exemplifica ela.
O resultado é um ambiente contemporâneo e afetivo, com poucas informações arquitetônicas.
Confira mais fotos na galeria abaixo!