Obras de arte de morador norteiam apê de 70 m² no Arpoador
Os arquitetos Ricardo Melo e Rodrigo Passos buscaram repaginar os ambientes sem deixar de lado a identidade do edifício, original nos anos 50/60
O morador deste apartamento de 70 m², localizado no Arpoador, no Rio de Janeiro, já morava nele de aluguel quando surgiu a oportunidade de comprá-lo.
Foi quando decidiu dar uma repaginada em todos os cômodos, mantendo as características e identidade originais do imóvel – que fica em um edifício construído nos anos 50/60 para abrigar funcionários da antiga Casa Garçon.
Coube aos arquitetos Ricardo Melo e Rodrigo Passos o projeto de reforma, que encararam solicitações como poucas intervenções, orçamento baixo e uma sala com acomodação para o máximo de pessoas, possibilitando reunir amigos em casa confortavelmente, mesmo em uma metragem reduzida.
O hall de entrada foi ampliado para que ali coubesse um armário com sapateira, enquanto a cozinha também foi expandida porque originalmente era bem pequena. Estas intervenções usaram espaços da dependência de serviço, que virou um depósito.
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Como o morador é um super apreciador de arte, a decoração foi pautada pela coleção que ele cultivou ao longo da vida, além de móveis herdados de boa qualidade.
“O conceito do projeto foi tratar o apartamento como uma tela ‘em branco’ para encaixar os inúmeros trabalhos de arte que o morador já tinha, porém de forma despretensiosa”, contam os arquitetos.
O décor inclui obras de artistas plásticos consagrados do período modernista ao contemporâneo, como Tarsila do Amaral, Toz, Heleno Costa, ZeMog, Ricardo Becker, Lin Lima, Oswaldo Carvalho, Andrea Menezes, Katia Willie, Walmor Correa, Lin Lima, Rosana Ricalde, entre outros.
Na paleta de cores da área social, predominam o branco e o cinza – este último usado para destacar parte das obras de arte. Na sala, o clima urban jungle evoca uma atmosfera calma, atual e natural.
Os móveis atemporais ocupam pouco espaço, enquanto as memórias de viagens do morador, expostas em pontos estratégicos, garantem a personalidade do projeto. O piso original em tacos de peroba foi preservado, assim como as portas e o pé direito alto.
A parede ao fundo da sala traz ainda uma atmosfera retrô por causa do revestimento de meia altura com mini tijolinhos vitrificados.
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