“Cubo” de madeira freijó divide ambientes neste apê de 100 m²
O projeto é do escritório A+G Arquitetura, que optou por uma base neutra no décor, uso de tijolinhos e uma marcenaria inteligente
Este apartamento linear de 100 m² localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi projetado pelos arquitetos Ana Luisa Cairo e Gustavo Prado, do escritório A+G Arquitetura para um casal na faixa dos seus 40 anos, sem filhos.
Desde quando se mudaram para o imóvel após o casamento, os moradores sabiam que o imóvel precisaria passar por uma grande reforma para ficar com a cara deles. Em 8 meses, conquistaram a casa dos sonhos.
Entre os principais pedidos para o projeto, estavam a ampliação da sala e a integração da cozinha, mas com a possibilidade de fechá-la quando necessário, e dar um melhor uso para o quarto de serviço. Precisavam também de bastante espaço de armazenamento no quarto do casal.
Atenta aos pedidos, a dupla de arquitetos reformou todos os cômodos. A principal mudança na planta foi levar a área de serviço, no final da cozinha, para dentro do antigo quarto de serviço.
A ideia foi deslocar, na sequência, a cozinha até a antiga janela da área de serviço, ganhando espaço para a sala de jantar. A nova separação entre sala e cozinha é feita por uma porta de correr – uma alteração importante e funcional para o casal, pois queriam a possibilidade de isolar os cômodos.
Além disso, o quarto do casal foi aumentado, tirando uma parte do quarto de hóspedes/escritório, pois eles precisavam de espaço para mais armários. No décor, todos os móveis e objetos de decoração são novos. Isso porque o casal morava na casa dos pais anteriormente e se mudaram após o casamento.
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“O ponto de partida do projeto foi a integração. O casal queria um apartamento leve, amplo, aconchegante e, principalmente, com a possibilidade de integrar sala e cozinha”, explica Ana. “Como o casal gosta de viajar, trouxemos algumas referências especialmente para a sala, como o aparador do jantar, com locais de NY e o tijolinho na parede principal”, descreve.
Quanto à paleta de cores e os materiais escolhidos para a decoração, foi criada uma base neutra, com piso cinza, paredes brancas e marcenaria em freijó, branco e cinza. A parede de tijolinhos cria uma textura na parede principal, mas mantém a base neutra para permitir o uso de móveis, objetos de decoração e tapetes mais marcantes.
“A marcenaria da cozinha foi pensada para ser uma continuação da marcenaria da sala. Quando a grande porta de correr que divide os ambientes está aberta, a estante de objetos da sala continua na cozinha, se transformando em armários e mesa da copa, sempre com a mesma linguagem.
O grande volume em freijó voltado para a sala camufla também a porta do banheiro social e se confunde com a porta de correr da cozinha, deixando o visual mais limpo e aquecendo o ambiente”, explica Gustavo.
Segundo os arquitetos, o maior desafio do projeto foi este deslocamento da cozinha e remanejamento de ambientes – mudanças necessárias para garantir um espaço maior para o ambiente social e ter uma sala de jantar confortável.
“A solução encontrada para viabilizar a integração entre a sala e a cozinha, aumentando a metragem do living, e como o desenho da marcenaria, especialmente nesses ambientes, aqueceu e trouxe unidade ao projeto”, aponta o arquiteto.
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