Dois apartamentos viram um imóvel de 160 m² integrado e elegante
O projeto é das arquitetas Stephanie Toloi e Natasha Capusso, que optaram por tons escuros e azulados contrapostos com madeira clara
Localizado no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, este apartamento de 160 m² foi pensado para um homem solteiro que mora sozinho. Ele já possuía o imóvel vizinho, de 80 m², e resolveu conjugar os dois em uma reforma.
Como trabalha no mercado financeiro e, durante a pandemia, ficou em home office, precisava de um espaço apropriado para trabalhar. O projeto, de autoria das arquitetas Stephanie Toloi e Natasha Capusso, também incluiu um estúdio dentro do escritório para que o morador tocasse suas guitarras.
“O morador também é apaixonado por natureza e trilhas, então fizemos um armário bem profundo no corredor para guardar os equipamentos de trilha.
Ele tem o hábito de tirar os sapatos ao entrar no apartamento, e antes os sapatos ficavam todos espalhados na porta de entrada. Resolvemos a questão criando uma chapelaria logo na entrada, para pendurar os casacos, com um armário baixo para guardar os sapatos e um banco estofado para maior conforto ao se calçar”, contam as profissionais.
A mudança foi total. Como as arquitetas juntaram os dois apartamentos, contavam com tudo espelhado nas duas unidades. Elas resolveram então separar o 41B para área social e o 42B como área íntima.
“Mantivemos apenas a cozinha e a lavanderia na posição original, todos os demais cômodos foram alterados para ajustar melhor o layout à nova planta”, dizem.
Nesse sentido, o principal desafio foi realizar muitas alterações de hidráulica para acomodar as novas posições dos banheiros e a criação de uma suíte que não existia no apartamento original.
“Por ser um homem que mora sozinho, trabalhamos elementos mais masculinos e optamos por tons escuros. Na sala, usamos painéis de madeira clara para fazer um contraponto com a marcenaria em tons azulados e grafite”, contam.
Já a cozinha ficou com a marcenaria e bancadas pretas com revestimento em réguas de concreto brancas nas paredes – que trazem uma característica mais rústica, mas ao mesmo tempo quebram o peso da cor preta no espaço.
Ainda na linha do concreto, as arquitetas pintaram o teto com cimento aveludado. O pé-direito na laje era baixo, o que inviabilizava o rebaixo com gesso, e, como um dos apartamentos foi inteiramente aberto para criação da área social do novo imóvel, ficou-se com alguns rebaixos de laje e todas as vigas aparentes.
Por isso, elas optaram por assumi-las e destacá-las com o revestimento em cimento. “Usamos cores neutras, sempre na paleta do cinza e da madeira clara, para mobiliário e marcenaria, então levamos vida ao apartamento por meio da decoração. Na sala, usamos uma sobreposição de tapetes para cobrir todo o ambiente que fica interrompido por um pilar”, explicam.
Além das cores nos objetos decorativos, abusou-se do verde para trazer o aconchego das plantas.
Na suíte máster, os tons de grafite e preto foram quebrados com um enxoval da cor mostarda e azul marinho, ainda mantendo o conceito mais masculino, mas com pequenos toques de cores para alegrar os ambientes.
Com exceção dos banheiros, todos os espaços contam com ventilação cruzada e bastante iluminação natural. As arquitetas optaram por uso de arandelas e fitas de LED para a iluminação artificial.
“O cômodo que mais representa o projeto é o living. Todo o projeto foi pensado com base na integração dos ambientes, e o living representa exatamente esta integração”, contam.
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