Serralheria: como usar para criar projetos personalizados
Confira dicas de especialistas para aproveitar as boas soluções dessa opção versátil e eficiente na criação de ambientes de diferentes estilos
Perfeita para compor projetos de estilo industrial, a serralheria agrega funcionalidade, resolve questões no projeto e produz efeitos únicos nos ambientes.
Tendência na arquitetura de interiores, ela traz uma versatilidade que, embora seja marca registrada do estilo industrial, apresenta muitas opções que podem figurar em outras propostas de arquitetura, que combinam uma paleta de cores e espessuras mais variadas.
Para ajudar você a descobrir como usar a serralheria para criar projetos personalizados, a arquiteta Ana Cristina Emrich e a designer de interiores Juliana Durando, à frente do escritório JADE Arquitetura e Design, dão dicas e sugestões interessantes.
Versatilidade
Segundo as profissionais, um metal mais espesso, de tonalidade preta, é ideal para o estilo industrial, enquanto um corte fino com banho de latão ou pintura dourada evoca uma estética clássica. Mas, na maioria dos casos, a serralheria não é usada só pelo visual. O material também resolve questões relacionadas ao espaço disponível no projeto.
“Em nossos projetos, já utilizamos como estrutura para a marcenaria, no desenho de móveis como aparadores, carrinhos de bebidas, mesas de centro e estantes, com iluminação embutida, servindo de luminária, entre muitos outros”, revela a arquiteta Ana Cristina.
Segundo a dupla do Jade Arquitetura e Design, não há limite no uso da serralheria. Ela pode estar presente em todos os ambientes, desde o hall de entrada, em estantes e aparadores; na sala, em mesas de centro ou laterais; e até mesmo área de serviço, executando o desenho de varão para suporte de roupas passadas.
Outra grande vantagem deste material é a sua versatilidade, que permite facilmente combiná-lo com diversos elementos. “Tudo depende do conceito do projeto. Pode dar certo com madeira clara ou escura, com pedra ou com revestimentos mais rústicos”, contam.
As próprias cores de pintura do metal apresentam um leque imenso de possibilidades. Apesar do preto ter o melhor custo-benefício, dourado, bronze e cinza são tendências igualmente interessantes”, ressalta Juliana.
Atenção ao orçamento
Apesar disso, é preciso ficar atento ao valor final do projeto, pois a serralheria pode afetar bastante o desembolso financeiro dos moradores.
Uma maneira de evitar estourar o orçamento é aplicar a tinta preta que, além de tornar o custo mais baixo, é uma boa alternativa para quem deseja móveis e detalhes personalizados, mas não quer investir em peças assinadas por grandes designers. Assim, não é preciso abrir mão do desenho exclusivo e nem ultrapassar o budget.
Uma boa opção é unir a serralheria à marcenaria para reduzir o custo, já que é possível criar estantes limpas e mais leves. Sem as caixarias dos armários e com apenas as prateleiras, o valor das peças de serralheria tende a diminuir. Além disso, a mistura dos dois elementos é perfeita para garantir uma proposta única, cheia de personalidade.
Serralheria combinada à marcenaria
A combinação do metal e da madeira é comum nas bibliotecas particulares, por exemplo. Porém, é muito importante se atentar ao peso dos livros antes de especificar a espessura da serralheria.
Para garantir que a estante realmente suporte o volume de itens, a recomendação das especialistas é considerar uma margem de segurança para o caso de mudança no uso com o passar do tempo ou, até mesmo, a sobrecarga de exemplares, indo além do que foi previsto inicialmente.
Quando se trata da espessura, o segredo é entender como o móvel será utilizado. Em bancadas amplas, pode-se usar metal 30 x30 mm para aguentar a carga. Em mobiliários menores, já é possível seguir com 15 x 15 mm. Em prateleiras estreitas, há a possibilidade de executar a produção com 20 x 20 mm – sempre observando o peso do que será colocado em cada uma delas.