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Como a pandemia influenciou a busca por novos imóveis residenciais

Os desejos de quem procura por uma nova moradia mudaram e a boa localização foi um deles

Por Kym Souza
Atualizado em 25 set 2020, 06h11 - Publicado em 25 set 2020, 06h10

Todos setores estão passando por mudanças para se adaptar ao cenário da pandemia e no imobiliário não seria diferente. Feitos para atender às necessidades de novos moradores, os empreendimentos residenciais precisam, mais do que nunca, estarem atualizados com as novas mudanças.

Dário Ferraço, sócio da SF Consultoria Imobiliária, explicou que, a princípio, os impactos no setor foram negativos, por causa da insegurança, mas que, após o primeiro choque, os efeitos foram positivos. “Depois da insegurança inicial, começou a acontecer um movimento de migração de consumidores para casas maiores e apartamentos com espaços mais bem definidos, com opção de lazer e varanda, incluindo as gourmets. Também ganhou bastante força as casas de alto padrão. Com a família toda dentro de casa percebeu-se a necessidade de um espaço maior.”

(Reprodução/Pinterest)

Além disso, as pessoas estão indo atrás de crédito imobiliário para comprar a primeira (ou mais uma) casa própria. “Principalmente pela redução da taxa Selic, a taxa básica de juros, que está puxando fortemente os mercados. Todos estão otimistas com as obtenções de créditos mais baratos e, automaticamente, as vendas estão sendo elevadas”, explica.

Ele também aponta que antes a busca da moradia priorizava a localização, com áreas de lazer comum. Agora, no entanto, o foco é no bem-estar e se mostra no crescimento significativo de condomínios de alto luxo. “A necessidade de se estar mais perto do trabalho diminuiu, até porque a maioria das pessoas está em home office e percebeu a possibilidade de readequar a agenda e fazer reuniões online. Praticamente todos os novos imóveis têm oferecido espaços previstos e desenhados para o home office”, avalia o profissional.

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(Reprodução/Pinterest)

E o espaço definido para trabalho em casa é só um dos pontos que ele vê mudando. “Os imóveis estão passando por um processo de adaptação de valorização das áreas comuns, de convívio social dentro da casa. Agora vemos salas maiores, mais bem definidas, varandas com churrasqueiras gourmet, casas com boas áreas de lazer integradas para que a pessoa tenha a sensação de espaço.” Essa adaptação tem aparecido no imóveis grandes de 400 m², mas também nos menores, com 80 ou 100 m².

Se você está pensando em comprar um imóvel, Dario dá dicas importantes: primeiro é necessário pensar nas necessidades das pessoas que vão morar na casa, principalmente após a pandemia. “A expectativa do brasileiro é de viver até 22 anos no mesmo imóvel. Essa residência será utilizada por bastante tempo, então o consumidor não pode analisar apenas o que é necessário para este momento de pandemia.”

Ferraço continua: “Vários fatores devem ser considerados, como a qualidade de vida, se a localização atende, se é próxima das escolas e do trabalho, se há fácil acesso aos meios de transporte. Tudo isso deve estar dentro da realidade da pessoa e é importante que ela faça essa avaliação na hora de fechar a compra de um imóvel.”

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(Reprodução/Pinterest)

Por fim, ele frisa a questão financeira, os valores provavelmente vão subir logo menos, por conta do aumento do valor das matérias-primas, devido à baixa produção no período de pandemia. E menciona novamente o momento de crédito facilitado e juros reduzidos.

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