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Tapetes: um local de contaminação de Coronavírus escondido em plena vista

Os tapetes da casa, sobretudo os capachos, são ambientes favoráveis à contaminação com bactérias e coronavírus

Por Ana Carolina Harada
9 abr 2020, 16h19
(Reprodução/Casa.com.br)

Todo mundo está tomando o máximo de cuidado para deixar a casa livre do Coronavírus. Mas você sabia que um item aparentemente inocente pode ser um vetor de contaminação? Isso mesmo, os tapetes são vilões da higiene, sobretudo os capachos que ficam nas portas. Acontece que o Coronavírus é capaz de sobreviver por algum tempo em certas superfícies. Segundo o médico infectologista Mateus Westin, fatores como umidade, ventilação, luminosidade e temperatura contribuem para a proliferação de vírus e de bactérias.

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“Os coronavírus, entendidos como uma família de vírus, têm uma estrutura semelhante e podem extrapolar alguns dados científicos que a gente já conhecia de outros. Este novo, a estrutura é muito parecida por causa dessa capacidade de sobrevida em ambientes. O fato é que ele fica viável para se manter infectante em praticamente qualquer tipo de superfície, com variações de tempo difíceis de prever”, explica.

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Sendo assim, as superfícies que acumulam umidade e sujeira (o tapete da porta é pisado por todos que entram ou saem da casa) são potenciais contaminadores. E não somente o capacho, os tapetes de dentro das residências também ficam contaminados se você não tira os sapatos ao entrar.

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(Reprodução/Casa.com.br)

Por essa razão, alguns prédios já estão pedindo aos condôminos para retirarem seus capachos das portas dos apartamentos. Para quem faz questão de manter seu “bem-vindo” na entrada, as designers de interiores Cris Araújo e Linda Martins, da Maraú Design Studio recomendam modelos que podem ser lavados na máquina ou aqueles de EVA, que podem ser higienizados com água e água sanitária.

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Porém, Mateus é categórico. “Nenhuma dessas medidas deve substituir o foco que é o do isolamento social e da higienização frequente das mãos. Por mais que a gente tenha o vírus numa determinada superfície, como chão e tapete, se eu tiver com as minhas mãos frequentemente limpas e a educação redobrada de não as levar à boca, nariz e olhos antes de higienizá-las, eu não vou pegar o vírus. O que interessa é que eu fazendo higienização frequente das mãos eu não vou ter o transporte do vírus ao organismo onde ele vai fixar ou iniciar infecção que são, justamente, a boca, o nariz e os olhos”.

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O médico também faz sua sugestão: um pano de chão umedecido com uma solução de água sanitária (10ml para 5L de água) é eficaz para eliminar os vírus e bactérias da sola do sapato. “Como não conseguimos higienizar nossas mãos a toda hora e não há como fazermos isolamento absoluto devemos, sim, nos ater a outras higienizações como tapetes e embalagens que entram em casa. As roupas que usamos para ir à rua também precisam de atenção. Ao chegar em casa, tirar tudo e colocar para lavar”, reforça.

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Vale lembrar que no mundo Oriental a prática de retirar os sapatos e casacos antes de entrar em casa existe há muito tempo. É um costume nas casas haver um local para que as pessoas deixem os calçados.

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