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Dicas para definir os espelhos da casa

A arquiteta Patrícia Penna te ajuda a fazer a melhor escolha e aconselha sobre como posicionar o acessório em sua casa

Por Redação
Atualizado em 29 fev 2024, 11h35 - Publicado em 4 Maio 2022, 13h00
Banheiro redondo localizado em hall de entrada com banquinho
 (Spacejoy/Unsplash)
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Banheiro redondo localizado em hall de entrada com banquinho
(Spacejoy/Unsplash)

Item indispensável em qualquer casa, o espelho é, sem dúvidas, uma peça-chave e reserva muitos truques na hora de compor o ambiente. Além da atribuição de refletir uma imagem, ele traz consigo a inerente sensação de amplitude em qualquer espaço.

Sala com sofá cinza e vários espelhos pendurados na parede
(Home Decorators Collection/Pinterest)

Em seu próximo projeto, não deixe de fazer uso desse elemento versátil. Porém, a escolha do modelo ideal, com tantas possibilidades e tamanhos, pode ser um pouco difícil – mas não se preocupe. A arquiteta Patrícia Penna, à frente do escritório que leva o seu nome, compartilha dicas e critérios valiosos que analisa para o emprego dos espelhos.

Pode parecer trocadilho, mas quando o assunto é estilo, precisam refletir o estilo do ambiente e dos moradores. Confira:

Modelos de espelhos em alta

Espelho em closet
No closet, o espelho é um acessório essencial para reforçar a sensação de amplitude e, naturalmente, ser o apoio na hora de se vestir. Projeto de Patrícia Penna Arquitetura e Design de Interiores (Sérgio Israel/Casa.com.br)

Um modelo que nunca sai de moda é o retangular com micro bisotê, que varia entre 0,5cm e 0,7cm e não precisa de moldura. O espelho pode perfeitamente ser fixado sobre uma base de MDF ou metálica e ser apoiado sobre piso ou pendurado na parede.

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Caso queira o espelho com moldura, é necessário que ela componha com o ambiente onde o espelho será inserido. Patrícia relata que “é preciso formar um conjunto com o que está no entorno. Ter uma cor, um material ou um formato em comum com o que está próximo, criando uma sintonia”.

Espelho orgânico
(Casa de Valentina/Pinterest)

Entre os modelos em alta, a arquiteta classifica as versões sem bisotê largo e espelhos de formatos orgânicos, como os redondos, arredondados e aqueles com linhas amebóides.

Horizontal ou vertical?

Banheiro com espelho pendurado na vertical
De moldura metálica, o espelho nesse projeto executado pela arquiteta Patricia Penna conversa muito bem com a proposta retrô do “armário farmacinha”, que guarda as toalhas. Além disso, é sustentado por uma alça de couro, num pendurador também metálico (Leandro Moraes/Casa.com.br)

É necessário pensar na disposição dos espelhos para evitar efeito contrário ao que se pretende na decoração – ou seja, refletir objetos e cantos indesejados, ou ainda refletir em demasia a luz natural, o que causará um desconfortável ofuscamento para quem está dentro do ambiente.

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Espelho redondo em hall de entrada
(Blanco Interiores/Pinterest)

Feita tal análise, o morador é livre para utilizá-los em todos os espaços da casa, sendo que os lugares mais estratégicos para o posicionamento são hall de entrada, closets e banheiros.

“Naturalmente, é fundamental avaliar caso a caso. Mas, em linhas gerais, quando aplicados numa parede toda, por exemplo, os espelhos sempre trarão a sensação de alongamento”, comenta a arquiteta. Por isso, lembre-se que: os verticais ampliam a altura, enquanto os horizontais aumentam a largura.

Cuidados com o que será refletido

Espelho horizontal em banheiro com mármore
Se o banheiro for pequeno, abuse de uma parede inteira de espelho ou então aplique em uma boa parte dela. Projeto de Patrícia Penna Arquitetura e Design de Interiores (Leandro Moraes/Casa.com.br)

Apesar de muitas vantagens, é imprescindível ter cuidado com os espelhos, que podem ser maus duplicadores de imagem. Ele pode gerar uma sensação de poluição visual ou até mesmo claustrofobia.

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“Os espelhos devem refletir o que é positivo! Dessa forma, sempre recomendo evitar o uso de espelhos em locais que possam causar constrangimento, como salas de jantar onde o pé da mesa é vazado, ou até mesmo na lateral da cama. Dormir olhando para um espelho é bastante desconfortável para a maioria das pessoas”, pontua Patrícia Penna.

Espelho de chão em décor minimalista
(Viva Decora/Pinterest)

Uma pergunta recorrente é: “caso o espelho seja inserido em um local com incidência direta de luz natural, o resultado será positivo ou um incômodo?”. Para a arquiteta, em locais onde a luminosidade é vasta, um espelho se torna desnecessário e inoportuno.

“A luz solar refletida é muito desconfortável pois causa ofuscamento. O critério precisa ser o oposto, ou seja, pensar em soluções que controlem e filtrem essa incidência solar”, completa.

Considerando que o espelho duplica tudo, num décor mais enriquecido por elementos decorativos, o seu uso pode gerar uma confusão mental e a sensação de caos nos moradores e naqueles que permanecerem no ambiente.

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A parcimônia e o bom senso são os aliados, uma vez que não há uma regra específica para pendurar os espelhos, que como já mencionado, nem sempre precisam estar pendurados.

Espelho em closet
(Viva Decora/Pinterest)

“Uma proposta interessante é deixá-los apenas encostados na parede, seja num closet, num quarto, numa sala de jantar ou num lavabo, por exemplo”, comenta Patrícia.

Por fim, ela recomenda evitar o emprego de espelhos em paredes vazias ou elaborar uma composição de pequenas peças em paredes grandes:

“Nessas condições, eles podem ficar perdidos e sem sentido. Caso o espelho seja muito necessário, evitar colocá-lo no centro da parede é o ideal. Deslocá-lo para um dos cantos é sempre uma boa solução”, finaliza.

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