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Troye Sivan transforma casa preservando essência da era vitoriana

O sedutor santuário apresenta traços de seu amor pela arte e design 

Por Luiza Cesar
Atualizado em 29 fev 2024, 08h41 - Publicado em 19 nov 2021, 19h00
 (Reprodução/Architectural Digest)
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(Reprodução/Architectural Digest)

“Oh my, my, my” é tudo o que você vai pensar ao conhecer a casa do cantor australiano Troye Sivan, em Melbourne. A empresa local Flack Studio o ajudou nessa sensível e sofisticada reconstrução desse espaço da era vitoriana. O cuidado para selecionar o design foi focado tanto na adequação e nuances quanto em objetos e obras de arte importantes.

Não podemos esquecer de mencionar a variedade de tesouros pelos ambientes, que vai de Percival Lafer, Ettore Sottsass, Tobia Scarpa e Marios Bellini e Botta até os detalhes dos armários inspirados em Charlotte Perriand e Jean Prouvé.

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(Reprodução/Architectural Digest)

“Troye é um colaborador incrivelmente experiente. Em nossas primeiras conversas, ele falou sobre a materialidade, como ele queria se sentir em sua casa, sobre o cheiro, o som e a luz. Foi muito mais do que apenas algumas coisas bonitas que ele encontrou no Pinterest ”, lembra o designer David Flack, da Flack Studio.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Mas só o edifício em si é uma joia arquitetônica. Construída em 1869, com uma quadra de handebol, a residência foi convertida em uma fábrica de tijolos, em 1950, e, depois, foi transformada no lar do renomado arquiteto australiano John Mockridge – referência na cena de arte e design local. A conversão é considerada o primeiro projeto de reutilização adaptativa desse tipo na cidade.

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(Reprodução/Architectural Digest)

“Você pode imaginar Mockridge e seus amigos sentados bebendo uísque e conversando sobre arte. Eu queria preservar aquele espírito boêmio e honrar a arquitetura original ao criar algo que fosse mais a minha cara”, disse Sivan.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Transformações na cozinha e banheiros; mudanças na fenestração – aberturas para portas e janelas na fachada – e adição de grandes portas duplas fora da área de jantar, produzindo uma uma conexão mais íntima entre a residência e o jardim.

Armários embutidos e detalhes de balaustrada perfurada são exemplos do modernismo do século 20; paredes de gesso veneziano, que adicionam um elemento luminoso a uma paleta de materiais que varia do industrial ao orgânico; e uma adega ao ar livre, que foi convertida em um banheiro são as alterações significativas na propriedade.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Porém, as principais intervenções estruturais foram reduzidas ao mínimo. “Parece que não fizemos muito, quando na verdade havia muito trabalho pesado. A simplicidade é difícil de alcançar. É preciso muito rigor e disciplina. É importante para nós que ainda se possa sentir as origens da propriedade, apesar do trabalho que fizemos”, acrescenta Flack.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Além disso, existe uma conexão entre a moradia do cantor em Melbourne e em Los Angeles, onde passou boa parte dos anos pré-pandêmicos. Ademais, durante suas viagens ao redor do mundo, as escolhas estéticas de Troye foram aprimoradas.

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“Há uma grande afinidade entre os dois espaços em termos de clima e arquitetura. Essa tendência do modernismo clássico da Califórnia de meados do século foi uma grande influência. Também adoro o tempo que passei no Japão. A ideia de wabi-sabi, o perfeitamente imperfeito, realmente ressoa em mim”, explica ele.

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(Reprodução/Architectural Digest)

O novo lar acolheu Troy na pandemia da forma perfeita, contando a história da sua vida e dos lugares que ama.

O conceito de imperfeição pode ser visto nos tetos de cortiça originais, com manchas adquiridas ao longo dos anos, como uma forma de manter a alma do local. Outro exemplo são as lâmpadas Scarpa amareladas sobre a mesa de jantar, “que parecem que estiveram sentados em uma casa em Milão por 30 anos com italianos fumando embaixo deles”, como disse Flack exibindo o poder da pátina.

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(Reprodução/Architectural Digest)
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Apesar da decoração com elementos de várias partes do mundo, Sivan garantiu que a casa permanecesse “indiscutivelmente australiana”, desde as plantações no jardim à arte nas paredes – com a presença de Sydney Ball, Gregory Hodge, Tom Polo e Ramesh Mario Nithiyendran.

Confira cômodo por cômodo:

 

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(Reprodução/Architectural Digest)

A área de jantar possui uma mesa de carvalho personalizada no centro. No canto, uma espreguiçadeira vintage, um abajur Ettore Sottsass de Artemid e uma pintura de Karen Black criam o lugar perfeito para abrir um livro.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Na sala de estar principal, um sofá Maker & Son é acompanhado por uma mesa de coquetel de madeira, uma mesa lateral e um tapete marroquino vintage. Grandes portas duplas trazem a paisagem verde de fora e muita luz para a área de jantar e estar.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Cercado por altas janelas de vidro em formatos geométricos, um recanto com duas cadeiras e uma mesinha é envolvido pelo jardim, com uma variedade de espécies nativas da Austrália – excelente para o café da manhã.

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A cozinha, radicalmente transformada, recebeu um backsplash de azulejos marroquinos e banquetas de rattan vintage no balcão de carvalho. Para ajudar na organização, um trilho de utensílios personalizado também foi fixado.

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No quarto de hóspedes, as paredes são revestidas com gesso veneziano. E carvalho, mármore e azulejos marroquinos convergem em um banheiro.

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(Reprodução/Architectural Digest)

Banhado em tom vermelho, o lavabo do jardim conta com uma penteadeira em mármore e um lustre. Outro banheiro possui uma pia de pedra azul e toques dourados.

*Via Architectural Digest

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