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Tem um Garibaldo no terraço do Met em Nova York!

A obra de Alex da Corte faz referência à versão brasileira de Vila Sésamo e propõe aos visitantes uma pausa e reflexão

Por Redação
16 Maio 2021, 08h00
(Anna-Marie Kellen/Designboom)

Para a comissão Roof Garden do Metropolitan Museum of Art (Met) deste ano, o artista americano Alex da Corte criou uma escultura cinética de 8 metros de altura intitulada “as long as the sun lasts” (“enquanto o Sol durar”, em português).

A obra, que ficará em exibição até 31 de outubro de 2021, apresenta a estética moderna dos móbiles de Alexandre Calder, ao mesmo tempo em que incorpora o amado personagem de Vila Sésamo, o pássaro grande Garibaldo.

(Anna-Marie Kellen/Designboom)

“O trabalho ousado de Alex da Corte para o jardim no telhado oscila entre a alegria e a melancolia e traz uma mensagem lúdica de otimismo e reflexão”, explica Max Hollein, diretor do museu. “A instalação, que o artista iniciou no momento em que a pandemia estava tomando conta, nos convida a olhar através de lentes familiares, populares e modernas para nossa própria condição em uma paisagem emocional transformada”.

(Anna-Marie Kellen/Designboom)

Localizado no “Iris and B. Gerald Cantor Roof Garden”, uma área do telhado, a escultura gira suavemente de acordo com o vento, encorajando os visitantes a fazer uma pausa e refletir. “Somos lembrados de que a estabilidade é uma ilusão, mas, em última análise, o que vemos é uma declaração de crença no potencial de transformação”, continua Hollein. 

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Intitulado “as long as the sun lasts”, um nome derivado de uma coleção de contos caprichosos do autor italiano Italo Calvino sobre o potencial de novas explorações, a obra é composta por uma base com três peças interligadas e um componente móvel que oscila e gira suavemente com o vento.

(Hyla Skopitz/Designboom)

Suspenso próximo ao topo da escultura e coberto por cerca de 7.000 penas de alumínio cortadas a laser, um grande pássaro é encontrado empoleirado em uma lua crescente com uma escada na mão – sugerindo a possibilidade de passagem de volta à terra ou para longe. 

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Sentado sozinho olhando para o horizonte de Nova York, ele tem uma disposição introspectiva e melancólica enfatizada pela decisão de representar o personagem em azul em vez de amarelo. Esta cor faz referência à versão brasileira de Vila Sésamo, observada por Alex da Corte enquanto crescia na Venezuela, onde o Garibaldo também era azul.

(Hyla Skopitz/Designboom)

O trabalho evoca simultaneamente a vivacidade e a imprevisibilidade da prática de Calder, ao mesmo tempo em que enfatiza a inventividade DIY ao moldar a base da peça em linguagem modular. A peça foi concebida pelo artista em consulta com Sheena Wagstaff, Leonard A. Lauder e Shanay Jhaveri.

(Hyla Skopitz/Designboom)

“Ao explorar ícones da arte e da cultura popular de nossa consciência coletiva, Alex da Corte criou um novo tipo de monumento com esta comissão”, diz Sheena Wagstaff. “Jogado entre a terra e o céu por meio do intercessor benigno de um grande pássaro antropomórfico, nos é oferecida a possibilidade divina da inocência e do jogo como um poder redentor que é espirituoso, absurdo e mortalmente sério”. 

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(Anna-Marie Kellen/Designboom)

A obra é a nona em uma série de encomendas para o espaço ao ar livre, seguindo o trabalho de, entre outros, Pierre Huyghe e Cornelia Parker.

(Hyla Skopitz/Designboom)
(Hyla Skopitz/Designboom)

* Via Designboom

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