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Projeto de casa na praia em eixos aproveita terreno difícil

Em terreno cônico, arquiteto Paulo Homem de Mello cria refúgio com transparência, planta livre e biofilia

Por Giuliana Capello
Atualizado em 29 fev 2024, 11h04 - Publicado em 2 abr 2022, 19h00
Piscina grande em primeiro plano, com fachada de casa em dois pavimentos, em que se vê varanda externa, cozinha gourmet e, no andar superior, diversas aberturas em vidro e madeira.
 (Guilherme Perez/Divulgação)
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Piscina grande em primeiro plano, com fachada de casa em dois pavimentos, em que se vê varanda externa, cozinha gourmet e, no andar superior, diversas aberturas em vidro e madeira.
(Guilherme Perez/Divulgação)

Foi na praia da Riviera de São Lourenço, no litoral paulista, que dois casais de amigos encontraram o lote perfeito para a realização de um sonho. Imagine: construir uma casa de praia para conviverem, com outros amigos e familiares.

Na época, coube ao arquiteto Paulo Homem de Mello a missão de traduzir em desenho arquitetônico o extenso programa pedido pelos proprietários. E era preciso não comprometer a grande área externa de convívio e ainda obter a máxima conexão com a Mata Atlântica ao redor.

Assim, com arquitetura brasileira, minimalista e contemporânea, a casa reúne generosas aberturas, muita transparência e aproveitamento de ventilação e iluminação naturais. Mais que isso, conta com brises, concreto aparente, fachadas ventiladas e escala humana com planta livre.

Vista aérea de casa com dois blocos em
(Guilherme Perez/Divulgação)

Logo no início, veio o primeiro desafio: o terreno plano de 580 m² tem uma característica especial: um desenho cônico, com uma frente estreita de 10 metros em um “cul-de-sac” no fim da rua, que se abre ao fundo.

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Living integrado, o coração da casa

A partir disso, toda a distribuição do programa organizou-se ao redor do living, o coração da casa, onde estão as salas de estar, jantar, área gourmet e varanda. Desta forma, o living amplo tem planta livre e generosa conexão visual com o verde. Ao mesmo tempo, é acolhedor e convidativo, graças ao piso de concreto combinado ao lambri e ao mobiliário de madeira.

Escada branca com guarda-corpo em vidro em living amplo com paredes revestidas de painéis de madeira.

Intencionalmente, o projeto minimiza a percepção sensorial do que seriam as fronteiras entre dentro e fora da casa. Para isso, entram em cena grandes aberturas de vidro com vão total, que minimizam esses limites.

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Varanda externa com mesa de jantar/almoço sob pergolado branco e bancada de cozinha na lateral.

O corpo retangular e longilíneo da casa possui dois pavimentos e ocupa totalmente uma das faces laterais do lote. Assim, as cinco suítes ficam na face mais ensolarada, voltadas para o pátio interno e a piscina. Além disso, os quartos oferecem máxima privacidade e vista para a mata.

Quarto de casal com porta de correr em vidro que dá vista para a mata. Na frente da cama, um aparador comprido em madeira e uma grande fotografia de uma praia.
(Mateus Souza/Divulgação)

Por sua vez, a fachada dos fundos situa-se ao Sul-Sudeste, virada para o mar. Para aproveitar a brisa e os ventos predominantes, há muitas aberturas que maximizam o conforto térmico e a ventilação cruzada em toda a casa.

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entrada frontal de casa com garagem que recebe um volume de concreto em balanço que cria a área coberta para quem entra e protege os carros.
(Felipe da Silva Quaresma/Divulgação)

O andar superior é um bloco retangular com planta funcional, onde distribuem-se quatro suítes. Este é o bloco que fica em evidência na fachada frontal. Seu grande balanço forma a entrada social e o abrigo coberto para dois veículos.

Área externa: verde, piscina e praça do fogo

Detalhe da piscina com espelho d'água e espreguiçadeiras e móveis externos sob pergolado, com jardim tropical ao fundo.
(Guilherme Perez/Divulgação)

No pátio central, a piscina recebeu uma borda alagável em nível com o piso externo. A ideia era que fosse um grande e permanente espelho d´água. Há ainda o day-bed pergolado e o solarium com espreguiçadeiras.

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“Para completar a área de convivência, criamos uma praça do fogo redonda e semienterrada. O espaço nasceu para ser um ambiente adicional de encontro e convívio sob as árvores da mata, bem próximo à área gourmet e à varanda”, relata o arquiteto.

Em primeiro plano vemos um círculo semienterrado com banco e almofadas para sentar. Ao centro, um ponto para uma fogueira ao ar livre. Ao fundo, a fachada interna da casa, com varanda e janelas grandes.
(Cristiano Cabral/Divulgação)

O paisagismo prezou por espécies resistentes, de baixa manutenção e com folhagens com cor permanente ou muitas flores. fazem parte do jardim, por exemplo, o lambari roxo, a grama-amendoim, dracenas vermelhas e dionelas, que convivem em harmonia com nativas de porte maior, como o manacá da serra.

Por fim, a cobertura recebeu um mirante de 360 graus pelas copas das árvores, com um lounge para apreciar o amanhecer, o entardecer e as noites estreladas.

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Fotos: Guilherme Perez, Mateus Souza, Felipe da Silva Quaresma e Cristiano Cabral

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