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O que você precisa considerar antes de comprar um apartamento

Na planta ou usado, confira as recomendações da arquiteta Marina Carvalho para não errar na aquisição do imóvel dos seus sonhos

Por Redação
22 jul 2022, 19h00
Área social de apartamento com salas de estar e jantar integradas, além da varanda gourmet.
Projeto de Marina Carvalho (Evelyn Müller/Reprodução)

O momento de comprar um apartamento vem acompanhado por um pacote de avaliações que devem ser feitas antes de fechar o negócio. Além da parte financeira, a aquisição vem acompanhada da organização de um universo de planos e ideias que irão delinear o presente e o futuro dos moradores.

Por isso, o processo requer uma boa dose de calma e parcimônia para encontrar um local que reúna as características desejadas, bem como a localização e as condições físicas – principalmente quando se trata de um imóvel usado.

Sala de estar integrada com jantar; sofá cinza; tapete preto e branco e tv
Projeto de Marina Carvalho (Evelyn Müller/Casa.com.br)

Acostumada a prestar suporte aos seus clientes ainda no processo de definição e escolha da nova casa, a arquiteta Marina Carvalho enfatiza que essa fase que antecede a assinatura do contrato é primordial.

“Na lista de desejos que cada um de nós espera encontrar no novo imóvel vale elencar os principais a serem alcançados. Além disso, estipular uma verba que comporte tanto a obtenção quanto as benfeitorias a serem realizadas é muito importante para não haver dificuldades mais adiante. A visão precisa ser o mais realista possível”, relata. A seguir, confira outras dicas da profissional.

1. Localização é sempre importante

Espaço em apartamento com sofá, mesa de jantar, tapete e vista para a cidade ao fundo.
Projeto de Marina Carvalho (Evelyn Müller/Reprodução)
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Para a arquiteta Marina Carvalho, a localização é um dos critérios empregados como ponto de partida. Principalmente em grandes cidades como São Paulo, a localização interfere diretamente no bem-estar e em uma rotina mais tranquila para os moradores.

Observar o volume diário de trânsito bem como a proximidade de escolas, farmácias, padarias, supermercados e hortifrutis é uma maneira de avaliar como será a rotina diária após uma possível compra do imóvel. Estar mais perto do trabalho e ter os estabelecimentos comerciais mais próximos otimiza e facilita a vida das pessoas.

Sala de estar com parede revestida de madeira ripada; sofá branco; poltrona eams
Projeto do Studio AG Arquitetura (Produção Visual: A+G arquitetura/Fotos: Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/Casa.com.br)

“Quando sou contatada pelos clientes com antecedência, costumo não recomendar a compra de imóveis situados em grandes avenidas, uma vez que o trânsito pesado, o alto índice de ruídos e a poluição podem acabar desvalorizando o edifício, além de interferir na satisfação e felicidade”, relata.

Segundo ela, a vista também deve ser ponderada. “Pensando no mercado imobiliário de São Paulo, é muito comum um prédio bem próximo ao outro. Esse urbanismo implica na falta de privacidade, uma vez que as janelas ficam alinhadas umas às outras”, adverte.

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2. Documentação em ordem garante sossego

Sala com tapete colorido; sofá cinza em L
Projeto de Guta Louro (Romulo Fialdini/Casa.com.br)

É preciso atentar à documentação existente antes de adquirir o imóvel. Para tanto, o número de matrícula permite que o possível comprador possa buscar pela certidão do registro em um cartório. Assim, pode-se consultar todo o histórico da construção.

Em paralelo, uma consulta na prefeitura evita a surpresa de receber, posteriormente, débitos atrasados de IPTU e outras taxas que não foram quitadas pelo antigo proprietário. “A visita ao cartório também ajuda no sentido de averiguar pendências físicas ou financeiras para a transferência de nome”, orienta Marina.

3. Andares mais altos costumam ter menos ruído urbano

Sala de estar e jantar integradas, com mobiliário em tons pastéis.
Projeto de Marina Carvalho (Evelyn Müller/Reprodução)

A dúvida é a seguinte: é melhor ficar nos andares mais próximos ao térreo ou nas alturas? A profissional é enfática em aconselhar a compra em andares superiores como forma de evitar os barulhos como o trânsito e a área de lazer do condomínio, principalmente aos finais de semana.

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Mas é preciso observar a impermeabilização e a pressão da água no apartamento. “É muito frequente que apartamentos próximos à cobertura sofram com problemas derivados da baixa pressão de água do edifício. Por isso, essa pergunta não pode ser deixada de lado”, ressalta Marina.

4- Vizinhança

Quando o edifício já está habitado, não abra mão de conhecer o comportamento dos futuros vizinhos. Uma conversa informal com os condôminos pode indicar a satisfação (ou não) com os residentes e também com as regras do prédio.

“Uma leitura prévia da ata constituída na assembleia geral evita muitos dissabores”, enfatiza a arquiteta que já presenciou inúmeras ocasiões em que vizinhos passaram por desentendimentos por conta de uma convivência conflituosa.

“Para a realização da obra, nossa equipe é extremamente meticulosa para evitar reclamações por conta de barulhos e poeira. Não abro mão de fecharmos o dia de trabalho com uma limpeza, por exemplo”, destaca.

5. Apês novos e antigos pedem considerações distintas

Mesa de jantar em laca branca com banco cadeiras em tom de cinza escuro e, ao fundo, sala de estar com TV e vista para varanda.
Projeto de Marina Carvalho (Evelyn Müller/Reprodução)
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De acordo com Marina, a aquisição de imóveis na planta ou em construção demanda a busca pelo histórico da construtora no mercado e a visita em outros empreendimentos realizados pela empresa. “Esse cuidado é valioso para conhecer a qualidade construtiva, a integridade e o compromisso com a entrega da obra no prazo prometido”, adverte.

Já no caso de aptos usados, o olhar é voltado para questões relacionadas à estrutura (como a hidráulica e a elétrica) e a possibilidade de benfeitorias, como a instalação de ar-condicionado, que deixou de ser um luxo para se tornar um pedido recorrente dos clientes.

Ainda sobre o equipamento, Marina explica que, quando o imóvel é bastante antigo, invariavelmente as instalações elétricas não comportam o uso, gerando a necessidade da substituição da fiação e do quadro de energia – sem contar a readequação do número de tomadas dispostas nos ambientes e o cabeamento. 

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