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Como harmonizar vinhos com os pratos de fim de ano

O especialista em vinhos Deco Rossi dá dicas e recomendações para que seus banquetes fiquem ainda mais gostosos

Por Redação
Atualizado em 6 dez 2021, 19h56 - Publicado em 5 dez 2021, 19h00
(Fashionismo/Reprodução)

Já está quase na hora das festas de final de ano! E a melhor parte (além de poder passar um tempinho com família e amigos, é claro!) são as comidas de Natal de Ano Novo. Para que o seu banquete possa ser perfeito, o Casa.com.br conversou com Déco Rossi, especialista em vinhos, que deu várias dicas de como compor e harmonizar os sabores de pratos típicos desta época.

Como harmonizar vinhos: conceitos básicos

 

(Reprodução/Pinterest)

Déco explica que “harmonizar vinho e comida é uma arte” e que a melhor forma de ver se um vinho combina com um prato é experimentando. “Nada substitui a tentativa e erro porque todos têm seus gostos pessoais”.

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A ideia básica de harmonização é fazer com que os pratos e o vinho produzam sensações parecidas na boca. “Eles têm que estar em harmonia como uma orquestra ou uma escola de samba. Tanto a comida quanto o vinho têm que crescer na sua boca. Quando não combinam, um prejudica o outro”, diz Déco.

Mas se você não sabe por onde começar, fique tranquilo. Existem algumas “regras” que podem guiar suas escolhas:

  • O prato que você vai servir é leve ou pesado?
    Quando a comida é muito gordurosa, evite vinhos com tanino. O tanino é uma substância adstringente encontrada na casca da uva. A combinação com a gordura vai criar uma sensação desagradável. Geralmente, vinhos tintos possuem mais tanino.
  • É um prato que tem muita acidez?
    Se a comida for muito ácida, considere um vinho também ácido, caso contrário o sabor vai “desaparecer”.

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Combinações de vinho e pratos de fim de ano

Aves (peru, chester)

 

(The Irish Times/Reprodução)

Por não serem tão gordurosas, tendem a ir bem com vários vinhos, tanto brancos, quanto roses quanto tintos. Déco ressalta que o que é importante considerar é o molho.

“Molhos agridoces, como os de abacaxi ou pêssegos, podem complicar a escolha. A doçura na comida pode prejudicar um vinho seco, porque o doce vai dar a sensação de que o vinho seco é mais seco do que é. Nesses casos, quando há doce, o vinho também deve ser mais adocicado”. Déco recomenda um Pinot Noir, um pouco mais encorpado. “Não é um vinho doce, vai trazer a sensação aromática mais doce”.

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Para aves sem molhos agridoces, Déco recomenda uvas brancas com um pouco mais de corpo, rosés ou tintos leves: “um Pinot Noir ou Merlot não tão encorpados, Gamay, Chardonnay, Semillon funcionam bem”

Pernil

 

(Bon Affair/Reprodução)

Este é um prato bem gorduroso, então é preciso desconsiderar vinhos com muito tanino. O segredo para harmonizar vinhos com pratos mais pesados é optar pelos mais ácidos.

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“A acidez traz uma sensação de refrescância, ela ‘quebra’ a gordura e dá a sensação de limpeza”. Déco recomenda um vinho branco encorpado, como os das uvas Riesling e Chardonnay. Se você quiser um tinto, um Pinot Noir funcionará.

Panetone

 

(Panottone Mondo Gastronomico. Feltran Fotografia/Reprodução)

Déco reforça que para uma comida doce, vinho doce. “Não pode ser um vinho muito intenso, como vinho do porto, que tem alto teor alcoólico”. Para um panetone de frutas, a recomendação é um espumante ou vinho à base da uva Moscato, ou vinhos de colheita tardia. Para sobremesas que tem chocolate, aí sim o vinho do Porto é um bom acompanhamento.

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Ano Novo

 

(Independet Wine/Reprodução)

E para o Ano Novo, Déco explica que não é preciso gastar fortunas em um espumante francês. “Existem espumantes brasileiros muito bons no mercado, é possível gastar menos com os espumantes nacionais. Outras opções com bom custo benefício são os espumantes espanhóis e italianos.

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