Continua após publicidade

Poluição na China impede captação dos raios de sol por painéis solares

As partículas prejudiciais no ar, que já ultrapassam em seis vezes o nível recomendado pela OMS, são o principal empecilho para o acesso da luz aos painéis

Por Yara Guerra
Atualizado em 28 fev 2024, 15h19 - Publicado em 30 ago 2019, 23h12
 (Divulgação/Casa.com.br)
Continua após publicidade
1-poluicao-na-china-impede-captacao-dos-raios-de-sol-por-paineis-solares
(Divulgação/Casa.com.br)

Para quem vê imagens da população chinesa sempre usando máscaras, vale saber que a principal responsável pelo fenômeno é a queima do carvão. Em 2017, Pequim excedeu em seis vezes o nível de partículas prejudiciais no ar recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de acordo com o Greenpeace.

A poluição do país mais populoso do mundo, muito além de ser prejudicial a seus cidadãos, ataca também as iniciativas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

De acordo com um estudo publicado pela Nature Energy, por exemplo, os painéis solares na China já encontram dificuldades em captar a luz do sol – uma vez que esta vem sendo bloqueada pelas partículas de poluição no ar das cidades.

China Air Pollution
Aposentados praticam Taichi durante uma manhã de muita poluição em uma província central da China. (Associated Press/Divulgação)
Continua após a publicidade

Utilizando dados da produção de 119 estações de energia solar do país, a pesquisa concluiu que o potencial energético solar da China caiu, em média, entre 11% e 15% de 1960 e 2015.

Caso revertêssemos a qualidade do ar atual para aquela observada em 1960, a produção de energia solar seria entre 12% e 13% maior, em comparação com o potencial atual. Segundo o estudo, esse cenário traria ganhos entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões até 2030.

4-poluicao-na-china-impede-captacao-dos-raios-de-sol-por-paineis-solares
(Divulgação/Casa.com.br)
Continua após a publicidade

O quadro se torna ainda mais triste quando se sabe que a China é líder mundial na utilização e consumo de painéis solares – o país abriga mais de metade das instalações do planeta.

Tendo investido em energia renovável para cumprir o Acordo de Paris, a gigante asiática espera que, até 2030, a energia solar represente 10% de sua matriz energética. Para isso, precisa também permitir que a luz do sol alcance os painéis.

 

Publicidade