Conheça o JUNTXS: um laboratório de empatia para projetos sustentáveis
O arquiteto Guto Requena é o responsável pelo Lab que une tecnologia, empatia e design para propor soluções inteligentes e humanizadas
O JUNTXS é um laboratório de pesquisas que busca integrar profissionais da tecnologia com designers de interiores e arquitetos para criar soluções personalizadas e modernas.
À frente da ideia e do negócio, o arquiteto Guto Requena conta que o lab era um sonho antigo, desde que estava na faculdade. “Eu acreditava que os escritórios de arquitetura e design precisavam de programadores, cientistas da computação e artistas multimídias para criar espaços híbridos, propondo diálogo entre o analógico e o digital”, afirma.
O JUNTXS integra um conjunto de quatro núcleos (que funcionam como empresas diferentes). Os outros três são: arquitetura, design de produtos e comunicação.
No Lab, não existe a preocupação de criar algo funcional de cara, mas recortar ideias, pensar soluções, prototipar, desenvolver e testar. Só depois dessas etapas, os resultados positivos são incorporados em projetos físicos.
“Tem uma coisa super importante que é pensar, investigar e prototipar a tecnologia que aproxima, aconchega e humaniza. Esse é pra mim o viés da empatia e da tecnologia, pois na minha visão de mundo, elas podem estar intimamente ligadas, não são opostos e sim catalisadores”, afirma o arquiteto.
O JUNTXS produz objetos de pequeno e grande porte que vão desde instalações interativas urbanas, mobiliário urbano e também coisas imateriais, como um aplicativo.
Como exemplo, podemos destacar uma das soluções de design criada durante a pandemia do Coronavírus: o Heartbits, um aplicativo que compartilha os seus batimentos cardíacos com pessoas que você sente saudade e que estão distantes.
Outro projeto semelhante desenvolvido pelo Lab foi o Empatias Mapeadas. Trata-se de uma imersão em que as pessoas entram, sentam, colocam o dedo no sensor de batimento cardíaco e podem compartilhá-los dentro desse espaço físico.
Requena conta sobre outro projeto, dessa vez, unindo empatia e diversidade: o Meu Coração Bate como o Seu, uma instalação de arte – que traz as cores da bandeira LGBT na sua composição – tecnológica que fala sobre o ativismo da comunidade de maneira interativa e humanizada.
Para o arquiteto, as soluções priorizam um bom design, que é a base de tudo.
“O bom design pode aproximar e unir as pessoas. Eu brinco que um mau design pode separar um casal e um bom pode deixá-los mais próximos. O design bem feito tem a responsabilidade de integrar as pessoas no coletivo, de empoderar grupos e comunidades. Vai muito além da estética, ele fala de sustentabilidade e traz questões sociais”, conclui.