Coletivo Viva Voz lança primeiro banco de imagens LGBT+ do Brasil

A plataforma busca contrapor a publicidade tradicional, quebrar esteriótipos e refletir sobre diversidade, inclusão e representatividade

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 15h54 - Publicado em 22 ago 2019, 14h20
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(Isadora Heimig/Divulgação)

Para transformar a maneira como a população LGBTI+ é representada na publicidade brasileira, reforçar a visibilidade da existência de corpos e sujeitos diversos e quebrar estereótipos, o Coletivo Viva Voz lançou a plataforma Tem que Ter.

Trata-se do primeiro banco de imagens brasileiro focado na representatividade LGBTI+, que questiona o mercado e funciona de forma colaborativa.

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(Caroline Lima/Divulgação)

O projeto já está disponível em versão beta e, através deste link, traz fotografias das pessoas em situações cotidianas. Assim, evita-se o uso de imagens desta comunidade de forma estereotipada.

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Acessíveis desde o dia 25 de julho, as imagens podem ser baixadas gratuitamente.

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(Caroline Lima/Divulgação)

O Tem que Ter é apenas um dos 14 trabalhos contemplados com bolsas no SaferLab, iniciativa da SaferNet Brasil em parceria com o Google.org e a UNICEF Brasil a fim de estimular projetos contra o discurso de ódio na internet.

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Através do banco de imagens, o grupo de jovens publicitárias e comunicadoras de Porto Alegre propõe uma reflexão sobre representatividade, diversidade e comunicação inclusiva.

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(Ricardo Matsukawa/Divulgação)

“A presença LGBTQI+ na propaganda brasileira é quase nula, e as poucas manifestações que fogem do padrão heteronormativo acabam, muitas vezes, reforçando estereótipos”, explica Fernanda Sanchis, uma das criadoras do projeto e aluna de publicidade da ESPM Porto Alegre.

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“A gente entende que as mensagens criadas por marcas, negócios e agências de publicidade possuem impacto social, e podem ser utilizadas como ferramentas de promoção da diversidade”, diz ela.

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(Patricia Richter/Divulgação)

Além de Fernanda, as estudantes Ana Maria Antunes, Betina Aymone, Nanda Sanchis, Manoela Haase e Patricia Richter também participaram da criação do Tem Que Ter.

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Nesta etapa, seu acervo da plataforma conta com mais de 150 fotos assinadas por cinco fotógrafos diferentes. Os cliques foram feitos em locais diversos em Porto Alegre e São Paulo e protagonizados por pessoas LGBT+ comuns – ou seja, nada de modelos. Assim, a diversidade também foi garantida na escolha do casting. 

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