Museu Britânico tem tour guiado dedicado à história LGBT+

Curadoria do museu selecionou algumas obras da antiguidade com cenas de amor entre pessoas do mesmo sexo

Por Evelyn Nogueira
Atualizado em 17 fev 2020, 16h00 - Publicado em 15 jul 2019, 16h06
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(Reprodução/Casa.com.br)

O Museu Britânico, um dos mais importantes da história, apresenta uma nova exposição, dedicada à história LGBT+: “Desire, Love, Identity: Exploring LGBTQ Histories” – Desejo, Amor, Identidade: explorando histórias LGBTQ, em tradução livre – resgata peças de até 11 mil anos atrás.

As visitas guiadas serão feitas através de áudios, com uma dúzia de voluntários, que auxiliarão os visitantes no Museu. Em entrevista ao jornal The Guardian, Sarah Saunders, a chefe de programas de ensino no museu, explica como o formato funcionará: “veremos como será o público e qual será a demanda. Quanto maior a demanda, mais visitas faremos. É muito empolgante”.

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Warren Cup (Reprodução/Casa.com.br)

Saunders ainda explica o porquê evidenciar peças históricas com temática LGBT+: “é importante mostrar que o amor e o desejo entre duas duas pessoas do mesmo sexo sempre existiu. A diversidade de gênero sempre foi parte da história da humanidade, mas a maneira de expressá-la variou ao redor do mundo”.

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O objeto mais antigo da seleção é o Ain Sakhri Lovers, uma estatueta de 11 mil anos, encontrada no deserto da Judeia. Feita por povos natufianos, a peça é a representação mais antiga de um casal fazendo sexo. Na obra, não fica claro o gênero das pessoas e deixa a interpretação a critério do público.

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(Reprodução/Casa.com.br)

Outro destaque é a Warren Cup, uma taça romana com desenhos de homens fazendo sexo. No século I, o objeto foi enterrado próximo a uma cidade israelense e achado no século XIX. Antes de fazer parte do acervo do Museu Britânico, em 1999, a taça pertenceu a Ned Warren, um colecionador de arte. A peça recebeu o nome em homenagem a Ned.

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Em homenagem à tour e aos direitos LGBT+, oito taças, projetadas na forma da Warren Cup foram feitas para representar as cores da bandeira do Orgulho. Cada réplica recebe uma cor e serão vendidas. Todo o valor arrecadado com as Pride Cups, como foram chamadas, serão destinados para a campanha beneficente Stonewall e para o trabalho do museu com a comunidade LGBT+.

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(Reprodução/Casa.com.br)

As taças foram feitas por Hal Messel e o propósito era reforçar a mensagem da conscientização de gênero neste momento: “abordar pressupostos e aumentar a conscientização sobre como a identidade de gênero e a orientação sexual continuam a ficar à margem de tanta arte contemporânea”.

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