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Capital da Noruega recebe festival de luzes sustentável e inclusivo

A partir de diversas tecnologias e abordagens, o festival Fjord Oslo propôs que o público olhasse o que o circunda de uma maneira nova

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 15h42 - Publicado em 21 nov 2019, 13h25
Instalação “Le Bal des Luminéoles”, de Christophe Martine. Patrocinada pela Fête des lumières (Lyon, França), a obra consiste em pássaros imaginários iluminados com asas graciosas, dançam ao vento, trazendo luz e atmosfera poética ao ar. Ao decolar, espalham cores e lançam seus feitiços no céu noturno de Oslo. (Fjord Oslo/Divulgação)

A cidade de Oslo (Noruega), recebeu, do dia 1 ao dia 3 de novembro, sete instalações luminosas para a inauguração do festival de luzes Fjord Oslo.

Em comemoração ao título de Capital Europeia Verde do Ano, todos os projetos do município norueguês fizeram uso da luz por meio de uma variedade de abordagens e tecnologias, ajudando os visitantes a enxergar seus arredores de uma nova maneira.

Bordos usou o mapeamento de projeção arquitetônica para sobrepor animações 3D no exterior do edifício. A exibição final também foi reativa em áudio, acompanhando a trilha sonora criada para a ocasião por Sarah Badr, da FRKTL. (Goodiebag/Divulgação)

Lysyntese, do artista húngaro Laszlo Bordos, por exemplo, é uma das duas instalações encomendadas especialmente para o festival. Bordos foi responsável por transformar a fachada da prefeitura em uma tela para uma série de projeções.

Elas se concentraram no processo de fotossíntese que, através da luz, forma a própria base da vida na Terra. “Se a luz é tão importante para a nossa existência biológica, a arte da luz é igualmente importante para a nossa existência espiritual”, explica o artista. “Isso afeta as pessoas de muitas maneiras não-físicas: emocional, psicológica, intelectual”.

“Ligh3ence”, por Silje Thorsager Østby. (Goodiebag/Divulgação)

A segunda peça que estreou como parte do festival é Ligh3ence, criada pela designer de iluminação norueguesa Silje Thorsager Østby. Usando molduras iluminadas, ela se propôs a recriar o fenômeno natural dos espectros de montanhas em uma colina no parque Kontraskjæret.

Essa ilusão de ótica propôs que as sombras projetadas na névoa ao redor de uma montanha aparecessem como formas nebulosas maiores que a vida real e cercadas por refrações circulares de arco-íris.

Através da iluminação estratégica, o nevoeiro que, de outra forma, desapareceria durante a noite, apareceu como um elemento arquitetônico.

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Instalação “Constellations”, por Joanie Lemercier. (Goodiebag/Divulgação)

Para manter o festival o mais sustentável possível, todas as instalações foram alimentadas a partir da rede elétrica existente na cidade.

“A rede de energia na Noruega fornece 99% de energia renovável, principalmente energia hidrelétrica”, diz a fundadora e diretora artística do festival, Anastasia Isachsen.

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“Era importante para nós usar a energia da rede, e não os geradores a diesel, que são frequentemente usados ​​em outros festivais”.

“Private Moon”, por Leonid Tishkov. (Leonid Tishkov/Divulgação)

Enquanto isso, organizar a exposição ao ar livre foi uma tentativa de aproximar os visitantes da natureza e democratizar o acesso.

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“O Fjord Oslo foi fundado com o desejo de criar um evento cultural positivo, inclusivo, social e aberto para todos na cidade de Oslo”, explica Isachsen.

(Divulgação/Casa.com.br)

Outros projetos de destaque do festival são o Constellations, no qual a luz foi projetada sobre partículas de água invisíveis para levar os visitantes a uma jornada pelo universo, bem como a Private Moon, uma instalação itinerante que conta a história de amor entre um homem e lua.

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