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Instalação tecnológica aproxima robôs de seres humanos

Na tentativa de dissolver os contrastes entre homem e tecnologia, a Sonic Arms aprimora o lado humano e orgânico dos robôs

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 15h46 - Publicado em 17 out 2019, 13h56
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(Filippo Gualazzi/Divulgação)

Uma dança de braços robóticos, luzes e imagens: é assim que se caracteriza a Sonic Arms (braços sônicos, em português), uma performance criada pelo estúdio de design interativo Ultravioletto.

Construído para a Digitalive – seção do Romaeuropa Festival dedicada às artes cênicas, inovação artística e criatividade emergente –, o trabalho é uma coreografia baseada em uma partitura na qual as paisagens sonoras e os movimentos dos robôs estão indissociavelmente ligados.

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(Filippo Gualazzi/Divulgação)

Nos dias de hoje, em que o desenvolvimento tecnológico prossegue a taxas exponenciais, a interação homem-máquina e suas repercussões nos níveis social e ético suscitam uma reflexão: os seres humanos podem entender todos os aspectos dessa revolução e conduzi-la?

Entre experimentação e pesquisa, o trabalho de Ultravioletto investiga o amplo espectro de aplicações de robótica no campo criativo e o impacto das máquinas na cultura digital.

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(Filippo Gualazzi/Divulgação)

“Atualmente, existem mais de 1,5 milhão de braços robóticos no mundo e eles geralmente realizam ações repetitivas e alienantes. O Sonic Arms é uma performance artística que trabalha com o potencial não expresso da robótica, uma coreografia de movimentos gerados pelo código de programação, que retorna emoções inesperadas”, diz a equipe do Ultravioletto.

O estúdio aprimora o lado humano dos robôs para quebrar a antítese entre homem e tecnologia – no ambiente industrial de um antigo matadouro em Roma, quatro braços robóticos flutuam agilmente, realizando uma dança etérea.

A performance de 30 minutos consiste em quatro narrações sobrepostas: os terminais luminosos dos robôs, os braços que reproduzem a coreografia, uma parede de imagens de vídeo sintéticas de alta resolução criadas em tempo real e uma luz de fundo que define o espaço.

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Guiados pelo componente sonoro, os diferentes elementos são gerados por algoritmos que interpretam e ampliam a partitura original, dando novos significados.

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Através de uma abordagem interdisciplinar e colaborativa, o Ultravioletto torna a combinação entre mídia, design e arte a sua assinatura e explora as múltiplas possibilidades entre analógico e digital, dissolvendo a distância entre homem e tecnologia.

Confira abaixo mais fotos da Sonic Arms:

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