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Como a modernidade e a tecnologia mudaram a experiência do luxo

Produzir mais com menos: atualmente o luxo está totalmente integrado à tecnologia e à sustentabilidade

Por Evelyn Nogueira
Atualizado em 17 fev 2020, 15h57 - Publicado em 2 ago 2019, 16h32

Muito mais do que um pecado capital, o luxo é um estilo de vida. E, como qualquer outro, ele passou por mudanças desde os primórdios até hoje, que remodelaram o conceito. Antes, o que era associado ao exagero, ao status e à riqueza, hoje é associado com experiências, minimalismo, tecnologia, sustentabilidade e, literalmente, ao que você quiser que o luxo esteja ligado.

É com esse gancho que a Kohler, representante de louças e metais para banheiros e cozinhas, discute no Fórum Kohler 2019. A experiência do luxo é o tema da palestra, ministrada por representantes da marca, que buscam entender como o design residencial se relaciona com o luxo, através da tecnologia, das cores, dos padrões, dos materiais e, claro, da sustentabilidade.

(Kohler/Casa.com.br)

Lançado em 2014, por Giovanni Cutolo, o livro “Luxo & Design” aborda a temática da palavra. Na obra, o autor faz uma provocação ao leitor, questionando o significado do luxo através dos valores e projetos. Os processos de criação e a percepção de arte fazem parte dos argumentos do livro, que explora o luxo sob uma nova perspectiva.

Se luxo nada mais é do que um estilo de vida, então podemos defini-lo de acordo com nossas próprias vivências. E é exatamente isso que torna o mercado do luxo tão abrangente: hoje o luxo é definido por ninguém menos e ninguém mais do que nós mesmos.

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(Kohler/Casa.com.br)

Erin Lilly, especialista em design de estúdio decorativo da Kohler, explica: “o mercado do luxo passou por mudanças e agora é uma experiência. A prova disso é que o Airbnb proporciona experiências ao invés de estadias para os usuários. É totalmente luxuosa a experiência de ficar na casa de alguém e ter uma troca que não seria possível em um hotel, por exemplo”.

Se o mercado do luxo mudou, isso significa que as empresas também precisam mudar e acompanhar o novo ritmo do mercado. Erin continua “na Kohler temos um time destinado a pensar em soluções inteligentes que não geram resíduos. Eles olham para o que seria descartado e falam ‘ok, precisamos criar algo útil, bonito e sustentável com isso’. Nosso objetivo é produzir mais, com menos recursos. É o que os clientes exigem. E precisamos estar preparados”.

(Kohler/Casa.com.br)

Mas, se o luxo é ditado por nós, ele não está mais atrelado àquela peça caríssima de um designer renomado, ou a um quadro de centenas de bilhões de reais. O luxo pode vir de uma peça produzida por uma artesã local, da obra de um artista de rua ou, até mesmo, de algo que produzimos por conta própria.

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Marisol Franco, diretora de design e projetos do Marriott Internacional, reforça a mensagem: “antigamente só quem tinha dinheiro poderia bancar o luxo. Hoje o luxo é estar conectado à natureza, apreciar uma boa bebida ou comida, desfrutar uma estadia em algum lugar. O luxo é o que fazemos dele”.

(Kohler/Casa.com.br)

Erin completa que hoje em dia, no meio da correria, a desaceleração é luxuosa. “Precisamos celebrar o slow living, o slow design e o slow fashion. O luxo está em todos os detalhes. Está no nosso dia a dia, e às vezes, só precisamos prestar atenção para reconhecer e apreciar”.

A decoração atrelada com o luxo está nos detalhes. Pode ser minimalista ou maximalista, pode estar na praia ou no campo. Pode, até mesmo, estar nas páginas de um bom livro. Basta entender o que é o luxo para você e aproveitá-lo.

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