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Construções em EPS: vale a pena investir no material?

O material é sustentável e promete economia de recursos e tempo de obra

Por Yeska Coelho
Atualizado em 8 dez 2020, 09h42 - Publicado em 8 dez 2020, 06h00

O uso de EPS Isopor® na construção civil vem se tornando tendência entre arquitetos e engenheiros. Não só pelo seu potencial ecológico — já que se trata de um material composto de 98% de ar e 2% de plástico, ou seja, totalmente reciclável — como também pela economia de recursos e tempo de produção que podem ser contempladas pela utilização do produto em uma obra.

(Divulgação/Casa.com.br)

A arquiteta e designer Bia Gadia, à frente da Gadia House — projeto piloto no Referencial Casa GBC Brasil (Green Building Certificate) e também a famosa “casa saudável” de Barretos, em São Paulo — é um exemplo de profissional que vem investindo e recomenda o uso do EPS para construções. Segundo a especialista, utilizar a matéria-prima garantiu uma economia de 10% do prazo estipulado e também uma redução de 5% a 8% nos custos totais da obra.

A Gadia House possui certificação HBC (Healthy Building Certificate) por ser uma construção sustentável que promove saúde e bem-estar. Mas afinal, como usar o Isopor® em uma obra? Quais as vantagens que o material oferece?

 

(Divulgação/Casa.com.br)

EPS Isopor® na arquitetura

A construção civil é o segmento industrial que mais consome poliestireno expandido. De acordo com Lucas Oliveira, gerente de produto e inovação da Knauf Isopor® — empresa especialista em peças moldadas em EPS e responsável por registrar a marca no Brasil — o uso abundante da matéria-prima se dá em razão da adaptabilidade em diferentes contextos: “é um material configurável, ou seja, pode ser utilizado conforme a necessidade do projeto, seja ele para soluções geotécnicas, estruturais ou para decoração. Ele pode ser utilizado em qualquer fase da obra”, detalha.

(Divulgação/Casa.com.br)

Como vantagem de utilizar o poliestireno expandido na arquitetura e construção podemos citar alguns benefícios: baixo custo, isolamento térmico e acústico, resistência contra impactos e baixa absorção de água — evita a presença de mofo no ambiente.

(Divulgação/Casa.com.br)

Além dos benefícios citados acima, o material também possui alta durabilidade, principalmente quando conciliado com outras matérias-primas como plásticos, madeira ou concreto. “Por ser um plástico, o EPS tem uma vida útil bem ampla — já que na maior parte das vezes não é aplicado sozinho, mas em conjunto com outros materiais — ou seja, não fica exposto, e assim é capaz de alcançar uma durabilidade ainda maior”, afirma Lucas.

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Como usar o EPS na arquitetura e construção?

A Casa Bauhaus | Espaço Deca, de Rosalinda Pinheiro para a CASACOR Ceará 2019 foi um projeto feito com EPS. (Victor Eleutério/CASACOR)

O Isopor® pode ser utilizado de várias maneiras, desde partes estruturais, nas paredes ou até na decoração do ambiente. A seguir, separamos os usos mais comuns da matéria-prima dentro deste segmento:

1. Lajes: as lajes de Isopor® consomem menos concreto e ferragens do que os processos que utilizam técnicas tradicionais;
2. Forros: podem ser aplicados em qualquer tipo de obra oferecendo conforto térmico e acústico e baixa absorção de água no interior do ambiente;
3. Pavimentação de terrenos: indicado principalmente para solos moles (como mangues ou de origem fluvial);
4. Telhas: substituindo os modelos tradicionais de cerâmica, as telhas em EPS absorvem menos energia térmica e evitam infiltrações e goteiras com maior precisão;
5. Elementos estruturais: uso em paredes, balcões, pilares ou colunas de uma construção.

 

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