Wabi-sabi norteia décor deste apartamento de 126 m²
A arquiteta Barbara Dundes também utilizou uma paleta de cores neutras e criou espaços para a cachorrinha da família

O apartamento era o que os moradores buscavam: perto do trabalho, andar alto, vista da cidade e muita luz natural. O que faltava para ser o lar ideal eram os interiores com personalidade, natureza e espaços especiais para a cachorrinha Betina.

“Como o imóvel já tinha uma planta bem distribuída, a gente não mexeu nas paredes, mas trocamos todos os acabamentos, incluindo o forro”, explica a arquiteta Barbara Dundes, responsável pelo projeto de 126 m².

Para a paleta de cores, os moradores escolheram matizes neutras como o cinza e o bege. Os tons mais quentes trazem aconchego e claridade. A cozinha ficou mais colorida com armários verdes.

Pela praticidade do dia-a-dia e também por conta da cachorrinha, os revestimentos foram escolhidos pela fácil manutenção. “O porcelanato é um piso que você passa um pano e está limpo, ele não absorve nada. Escolhemos um modelo que tem um aspecto mais natural, que simula um terrazzo e tem manchinhas que acabam deixando um aspecto bem natural”, diz a arquiteta.

O piso heterogêneo, inclusive, norteou o resto do décor. “A gente trouxe o princípio do wabi-sabi, que é uma cultura milenar japonesa que valoriza a beleza do imperfeito”, explica Bárbara. Tanto que a parede do jantar ganhou cacos de travertino, ou seja, pedaços da pedra com acabamento bruto que criam um grande mosaico, valorizados com a iluminação indireta.

“Em algumas bancadas, como a do lavabo e da área gourmet, nós colocamos um acabamento que tem algumas imperfeições e irregularidades e faz com que a pedra não fique reta e polida, ganhando um acabamento mais mate”, conta a profissional. A temática do imperfeito também aparece nas obras de arte e nos quadros.

A cozinha possui o mesmo padrão no piso e na parede. E um detalhe delicado: o mesmo desenho do encosto dos bancos se repete no puxador de latão dos armários.

Móveis com bordas arredondadas aparecem no estar e no jantar, seguindo um estilo orgânico complementado pelo grande uso da madeira e pelo pendente de latão que remete a um galho. A área social é integrada à varanda e à cozinha por meio de portas de correr: um modelo com duas folhas se esconde na parede da cozinha e, na varanda, apesar do piso ter sido nivelado, as esquadrias foram mantidas – assim, é só fechar o vidro nos dias de churrasco.

No estar, o novo layout das paredes usa o espaço de um antigo corredor para abrigar uma TV grande. O sofá azul é de lona, um tecido natural, 100% algodão e de trama fechada, que impede que as unhas do pet enganchem.

Na suíte máster, os tons neutros se repetem nas superfícies, móveis e acessórios. No banheiro, para atender o pedido por um teto de madeira, a arquiteta escolheu um forro vinílico que simula o material.
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