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H. R. Giger & Mire Lee criam obras sinistras e sensuais em Berlim

Erotismo, violência e morte se fundem neste universo distópico 

Por Redação
19 jan 2022, 19h00
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(Frank Sperling/Designboom)

O Schinkel Pavillon abriga obras de arte do falecido visionário suíço H. R. Giger e da artista sul-coreana Mire Lee.

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(Frank Sperling/Designboom)

O principal espaço do pavilhão, em forma de octógono, foi transformado em uma sala “útero”, convidando os visitantes a explorar as esculturas icônicas, pinturas antigas e desenhos do criador alienígena interagindo com peças dinâmicas do artista coreano.

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(Frank Sperling/Designboom)

H. R. Giger era um pintor, escultor e designer conhecido como o “pai” do Xenomorfo – o monstro protagonista do filme Alien, de 1979, de Ridley Scott. Mire Lee ficou conhecida por suas esculturas cinéticas e instalações quase alquímicas. Vasculhando esses dois mundos, os visitantes se deparam com um cenário sedutor.

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(Frank Sperling/Designboom)

A exposição não apenas revela as peças icônicas do artista, mas também caracteriza Giger como um surrealista tardio. Apresenta seu influente trabalho, dando aos convidados a chance de entrar no universo distópico de sua mente.

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(Frank Sperling/Designboom)

Em complemento, uma fusão de sexualidade, corporeidade e tecnologia são combinadas nos intrincados arranjos de Lee. Suas esculturas feitas de silicone, PVC, tubos, máquinas, tecidos de metal e concreto, retratam organismos disfuncionais, partes do corpo dissecadas, membros carnudos ou intestinos.

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(Frank Sperling/Designboom)

O sentimento perturbador é espalhado pelas visões de Giger de figuras grotescas e mutantes que refletem seu medo em relação à corrida armamentista nuclear da guerra fria e suas estranhas explorações de traumas pré-natais. Entrando no, Schinkel Pavillon, pode-se mergulhar em um cosmos perturbador, onde silhuetas deformadas e criaturas viscosas transformam o espaço em um pesadelo.

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(Frank Sperling/Designboom)
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Criaturas bulbosas de vários membros, que são alimentadas com líquidos viscosos bombeados através de tubos acionados por motor, que lembram cordões umbilicais e que ocasionalmente esguicham, são suspensos do teto.

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Com corpos ou seres em vários estados de plenitude e vazio, crescimento e declínio, Carriers – offsprings de Lee manifestam as explorações de extremos, bem como o fetiche vorarefilia – o desejo de absorver completamente um ser vivo, ou ser consumido por ele, ou mesmo um retorno ao ventre da mãe.

O nível inferior do espaço revela uma “história de amor demoníaca e violentamente sexy” organizada em torno de um diálogo entre o necronom de Giger (Alien) (1990) e a nova escultura animatrônica de Lee, endless house (2021).

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(Frank Sperling/Designboom)

O mundo dos dois artistas “são fantasmagorias de humanos e máquinas formando um todo indissolúvel e constantemente mudando entre os estágios de declínio e resiliência, luxúria e repulsa, desesperança e poder – emblemáticos das polaridades de nossa própria existência”.

*Via Designboom

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