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Maternidade sustentável é erguida de forma “artesanal” em Uganda

O escritório HKS Architects se uniu à comunidade para oferecer um espaço acolhedor e com estrutura sustentável, que atendesse as demandas da cidade

Por Alex Alcantara
Atualizado em 17 fev 2020, 15h52 - Publicado em 6 set 2019, 12h08
(Reprodução/Casa.com.br)

Quarenta pessoas e materiais locais são os principais pilares desse projeto social e sustentável em Uganda, na África. A cidade rural e de baixíssima renda de Kachumbala possuía uma maternidade datada da década de 1950, de estrutura comprometida e que não atendia à sociedade. Em consequência disso e da má infraestrutura do estabelecimento, diversas gestantes, preferiam não viajar até o local, e optavam por dar à luz em casa, correndo risco de morte, infantil e da própria mãe, além de complicações no parto.

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Dada a problemática, o escritório de arquitetura HKS Architects se uniu à comunidade para oferecer um espaço acolhedor e com estrutura sustentável, que atendesse as demandas da cidade. Para isso, foram construídos dois conjuntos em uma unidade, que servem como alas de partos, pós-natal e sete leitos para acomodar, no mínimo, seis partos por dia.

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A construção contou com a participação de 40 trabalhadores locais, que usaram materiais regionais também na construção. Além disso, não foi utilizada eletricidade e nem maquinário para colocar o projeto de pé. “Literalmente, tudo foi construído à mão – não foram usados guindastes para levantar as treliças ou máquinas – tivemos que confiar em métodos que não precisavam de eletricidade”, explica Julie Wellik, co-diretora da HKS Cidadania, iniciativa de impacto social do escritório.

(Reprodução/Casa.com.br)

Os tijolos feitos à mão que formam a estrutura do edifício foram feitos no local, cozidos ao sol, não queimados (evitando que as árvores fossem cortadas e queimadas). Para isso, foi utilizado murrum (um material frequentemente utilizado para pavimentar estradas secundárias em partes da África) misturado com cimento em uma prensa de tijolos – reduzindo os custos e a necessidade de ferramentas elétricas.

(Reprodução/Casa.com.br)

Além da construção se apresentar como um projeto sustentável, todo o funcionamento da maternidade respeita e preserva o meio ambiente. A energia solar é usada para iluminação e refrigeração de medicamentos, enquanto a captação de água da chuva e um sistema de filtragem também estão incluídos. Um teto mono-pitch, o posicionamento estratégico de janelas operáveis e corredores externos com telas de terracota, garantem ventilação e sombreamento natural.

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A HKS fez parceria com engenheiros de caridade baseados no país de Gales para desenvolvimento no exterior para projetar, financiar e construir a nova unidade de maternidade. Houve também a colaboração de profissionais da saúde do Reino Unido, que forneceram treinamento para as parteiras da maternidade.

(Reprodução/Casa.com.br)
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