Design com raízes brasileiras e marcenaria harmônica em apê de 97 m²
O escritório Cota Arquitetura assumiu o projeto deste apê entregue pela construtora e imprimiu personalidade e os desejos dos moradores em todos os detalhes
Todo mundo que compra um apê na planta se depara com um imóvel padrão, com tudo o que é prometido pela construtora. E aí se depara com o desafio: como deixar o lar com personalidade e características próprias?
Foi assim que os casal morador deste apartamento de 97 m² se sentiu ao adquirir o imóvel localizado no Jardins, São Paulo. Para concretizar os seus desejos, os moradores contrataram o escritório Cota Arquitetura para projetar a decoração e layout da morada.
O imóvel foi entregue ao casal, pela corretora, com piso de madeira novo, revestimentos nos banheiros, tampos de pedra, louças, metais, espelhos e luminárias instaladas além da pintura pronta. O maior desafio do escritório foi apresentar um layout que acolhesse amigos e família para eventuais reuniões íntimas e que os espaços fossem funcionais e aconchegantes para o dia a dia do jovem casal. Sendo assim, a proposta era fazer um projeto sem intervenções civis no apê e fugir do disposição convencional apresentada pela construtora.
Para integrar os três espaços – sala de jantar, sala de televisão e área do bar – foram usadas partes do perímetro do ambiente como banco, além de propor um sofá de aproximadamente 3,15 m com um dos lados da chaise sendo flexível, e mais três banquinhos soltos de apoio utilizando como encosto as “costas” do sofá.
O mobiliário foi todo desenvolvido sob medida pelo próprio escritório. O bar perto da entrada do apartamento, que atende a mesa de jantar, foi feito de serralheria com chapa perfurada pintada de branco. O mesmo acabamento e material foi usado para o painel e para o rack da TV da sala, mesclado também com chapas metálicas lisas, que fizeram o papel das prateleiras. Tudo de forma harmônica e criando uma linguagem única para o décor.
“O banco em ‘L’ no canto do apartamento foi feito de corian, material que possibilita variáveis formas e desenhos. Para essa peça desenvolvemos um banco que parte coladinho no bar em serralheira, une-se com o trecho inclinado e chega até o outro lado, próxima a janela. Para essa peça ser instalada, foi necessário dividi-la em três partes para serem “montadas in loco”. Esse material possibilita a junção completa das partes sem deixar emendas visíveis. O bar próximo à janela conta com um balde removível feito do mesmo material”, explicam os arquitetos.
Para o projeto de decoração, peças e adornos carregam raízes brasileiras. Foram usados móveis do designer Fernando Jaeger, elementos vazados dos Irmãos Campana, além de ítens de cerâmica e de barro.
O lavabo ganhou destaque no meio do processo de projeto. “Queríamos fazer algo que fosse marcante e divertido, mas sem interferir nos elementos existentes, tampo, louça, metais, espelho e luminária. Foi quando reencontramos a Marcella Riani, uma ex-colega de faculdade em um evento de arquitetura, que tornou-se também artista plástica e foi aí que surgiu a ideia de fazer do lavabo uma obra de arte. Ocupamos todas as paredes inclusive o teto e porta com formas orgânicas e coloridas”, relatam.
Para as duas suítes foram escolhidos mobiliários soltos, possibilitando maior flexibilidade dos espaços. Um pedido importante dos clientes, era ter espaço para guardar seus livros. Para atender essa necessidade, foram criadas várias prateleiras e uma peça fechada de serralheria e vidro, fugindo do convencional da marcenaria.
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