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Bancada de cozinha: veja 5 materiais e suas vantagens e desvantagens

Das pedras naturais ao porcelanato, Patricia Miranda, à frente do escritório Raízes Arquitetos, explica como escolher o material da bancada de cozinha

Por Redação
17 jun 2023, 19h00

A escolha do material, da cor e do acabamento da bancada são critérios que ajudam a determinar o estilo geral do cozinha.

De acordo com a arquiteta Patricia Miranda, à frente do escritório Raízes Arquitetos, uma bancada esteticamente atraente e preparada para as demandas, é capaz de adicionar para o espaço aquele detalhe tão sonhado: ares convidativo e agradável para momentos memoráveis entre familiares e amigos.

Cozinha com marcenaria azul e bancada de Lamtec.
Neste projeto de cozinha realizado pela arquiteta Patricia Miranda, a bancada da ilha foi executada com Lamtec. Ela exalta que o material é indicado para superfícies com a instalação de cooktop. ()

Diversos fatores devem ser considerados para a definição do material, tais como a funcionalidade, estilo e a durabilidade. Mas quais são esses critérios?

“Sem dúvidas, a bancada deve propiciar um espaço suficiente para manusear e cortar ingredientes, acomodar utensílios e eletrodomésticos, além de permitir uma organização eficiente dos itens de cozinha”, afirma.

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Bancadas de materiais sinterizados

Cozinha com bancada de Neolith, marcenaria branca e parede verde.
Para a escolha da bancada dessa cozinha, a arquiteta Patricia Miranda investiu na aplicação de materiais duráveis e resistentes, caso do Neolith. No espaço do frontão, ao invés de um revestimento tradicional, ela optou por seguir com o mesmo material por mais 55 cm de altura, alinhando com o armário superior do projeto. (Caca Bratke/Casa.com.br)

Segundo Patricia, os materiais de ponta para bancada de cozinha são os sinterizados, isto é, aqueles produzidos a partir de misturas de minerais, prensados com alta pressão e queimados em altas temperaturas, que os tornam resistentes e, até mesmo, refratários.

“Embora mais caros, gosto deles também pelo fato de não riscarem, quando se utiliza a faca diretamente sobre eles, tão pouco podem ser danificados por manchas oriundas de substâncias ácidas ou com luz solar diretamente sobre a bancada”, detalha. Entre as marcas mais famosas e disponíveis no mercado estão o Neolith e o Synth.

Bancada de quartzo

Cozinha com bancada branca e banquetas cinzas
Ao mesmo tempo em que sonhava com uma cozinha prática, a dona deste apartamento também desejava uma composição despojada, sem exageros. Na bancada de quartzo com 95 cm de altura, o arquiteto Bruno Moraes trabalhou com três banquetas altas de ar industrial (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

Entre outras possibilidades, a arquiteta aponta o quartzo como um elemento comumente escolhido por dispor de uma variação interessantes de cores e por ser pouco poroso — característica que mitiga o risco de manchas e absorção de água.

“Entretanto, por ter resina na composição, não é adequado para calor e não deve ser usado em bancadas com cooktop”, orienta a arquiteta. Já o Silestone é um elemento composto por resina também, no entanto, tende a ser mais poroso que o quartzo. “Eu nunca indico para cozinha em função do risco iminente de manchar. Ele até pode ser usado em mesas ou bancadas, mas aconselho um cuidado intenso com líquidos, como o vinho”, alerta.

Bancada de pedra

Granito

Cozinha com bancada de granito, marcenaria branca e revestimento de tijolinhos.
De acordo com a arquiteta Patricia Miranda, manter a assiduidade de limpeza é o melhor caminho para que a sujeira ou a gordura não se acumule na bancada. (Edson Ferreira/Casa.com.br)

No caso das pedras naturais, o granito resiste bem em bancadas com cooktop, mas a depender do tipo, pode ser mais ou menos poroso. “Por essa diferenciação, pode facilmente absorver os produtos manuseados na cozinha e, quanto maior sua porosidade, mais está sujeito a manchas. Granitos não são iguais e nem todos são indicados para compor bancadas de cozinha”, orienta Patricia.

Mármore

Ainda entre as pedras naturais, o mármore é outro material adotado para bancadas onde serão manipuladas o preparo de massas, uma vez que não é tão frio como o granito, mas com o infortúnio de ser poroso. “Assim, só de pensar em mexer com caldas e molhos, o mármore da bancada já pode manchar”, brinca a arquiteta.

Bancada de Corian

Cozinha com copa integrada com área externa; bancada de Corian e marcenaria azul.
Nessa copa-cozinha integrada com a área externa da residência, o projeto realizado por Patricia Miranda formou um painel único até a churrasqueira. Na especificação, o Corian, que acompanha a mesma tonalidade de cimento queimado presente nas paredes, promoveu um contraponto interessante com o azul da marcenaria. (Edson Ferreira/Casa.com.br)

Entre os industrializados, alguns tipos de Corian podem ser considerados, mas o morador deve ter em mente a necessidade de um cuidado constante, porque pode se danificar com mais facilidade.

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“É simplesmente lindo, mas sem uma tábua para cortar os ingredientes, nosso coração fica ferido pelos danos ao Corian. Apenas polindo novamente para recuperar”, diz a especialista, que também relaciona a possibilidade de realizar uma cuba esculpida que elimina os desagradáveis cantinhos que acumulam gordura, e a importância de ser manipulado apenas por mão de obra especializada.

Bancada de porcelanato

Cozinha revestida de porcelanato no padrão mármore com bancada.
Neste projeto Alessandra Gandolfi a bancada é revestida por um porcelanato com padrão marmorizado. (Eduardo Macarios/Casa.com.br)

No campo dos revestimentos versáteis, o porcelanato também é um material a ser considerado por sua resistência ao calor e a durabilidade, sem perder a cor e sem riscar.

Contudo, deve-se escolher uma tipologia adequada para a aplicação em bancadas, uma vez que nem todos os porcelanatos são iguais. Para a execução, ela adverte sobre a prudência durante o corte das peças, pois se trata de um revestimento menos espesso que os materiais naturais ou os industrializados.

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Bancada em madeira

A arquiteta Patricia Miranda explica que a madeira maciça não precisa ser eliminada por conta da umidade. Nos projetos com o material, deve-se considerar a manipulação de um verniz de proteção. “O resultado é maravilhoso, mas vale a pena evitar essa bancada para a manipulação de alimentos”, adverte.

Limpeza e Organização

Apartamento 140 m2 inspirado arquitetura japonesa Terra Capobianco decoração madeira cozinha armario papel arroz pia
Projeto de Terra Capobianco. (Evelyn Muller/Casa.com.br)

Uma bancada bem projetada deve facilitar a limpeza e a organização do espaço. Superfícies lisas e de fácil higienização tornam a limpeza uma tarefa mais tranquila.

Para a conservação, é primordial seguir as recomendações do fabricante. Há vários produtos voltados para a limpeza ‘pesada’ da bancada, mas Patricia considera que devem ser usados com parcimônia e mais raramente. “No dia a dia, eu acredito na eficácia do detergente como um bom desengordurante”, conclui.

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