10 ambientes evidenciam a beleza das rochas naturais
Com veios destacados em placas polidas sobre extensas superfícies ou aplicadas em sua forma brutas, esse material leva textura e força aos projetos
Efeito cênico
Assentadas com argamassa no padrão espinha de peixe, placas de ardósia de 2 x 10 x 40 cm revestem por completo os ambientes do restaurante Seen, na capital paulista. “Neste projeto, resgatamos materiais muitos usados em outras épocas, a exemplo da ardósia, que cobre todo o piso e sobe pelas paredes”, explica o arquiteto Vitor Penha, do Estúdio Penha. A paginação com angulação cuidadosa foi acabada em junta seca e as superfícies receberam aplicação de resina para facilitar a manutenção.
Superfície cristalina
Nesta cozinha de 27 m², o tampo de quartzito taj mahal (Pedras Morumbi), de fundo branco e veios suaves, arremata a bancada de 0,92 x 1,20 x 4,80 m feita de concreto e com parte apoiada no piso, parte em balanço. “Essa rocha brasileira lembra um cristal e traz valor estético e funcional – a moradora pediu uma superfície ideal para abrir massas”, diz a arquiteta Julliana Camargo, autora do projeto ao lado de Karina Pinto. Neutra, a pedra faz um belo jogo com os ladrilhos azuis (criação da Metro Arquitetos para a Brasil Imperial).
Apoio rústico
O projeto de interiores desta casa em Porto Feliz, SP, seguiu a arquitetura assinada por Arthur Casas. “Buscamos uma integração entre exterior e interior intensificando a estética brutalista”, explica a arquiteta Patricia Martinez, a respeito da pedra-madeira irregular da fachada, replicada também em alguns ambientes. Com tamanho médio de 35 x 40 cm, os blocos (Casa das Pedras) foram assentados com argamassa mista de cimento branco, areia e cal e rejunte áspero de 5 cm – formando uma superfície plana, não almofadada.
Efeito tridimensional
Para trazer um pouco de textura e driblar a monotonia nesta sala de estar, a arquiteta Karina Korn apostou em um mosaico de pedra portuguesa preta ( 10 cm x 1,70 m x 2,50 m). para assentar o material foi preciso criar um volume de drywall da altura do pé direito, o que possibilitou que as pedras fossem assentadas de maneira uniforme. ” Para compor este mosaico não foi preciso utilizar argamassa ou rejunte porque as pedras se autotravam e ficam com esse efeito 3D“, explica a arquiteta.
Padrão pastilha
Para criar uma atmosfera de spa neste banheiro de 12 m², o arquiteto Carlos Rossi escolheu revestir duas paredes de 2,5 x 3 m com placas de 10 x 10 cm de pedras hitam (Palimanan), indicadas inclusive para saunas e áreas submersas. “Queríamos dar continuidade ao tom do granito São Gabriel rústico aplicado na bancada, então escolhemos essa pedra vulcânica de coloração acinzentada”, explica. Assentadas com argamassa colante e junta seca, elas compõem com o metal escuro do espelho e da divisória de vidro.
Bruto e monolítico
Um bloco de granito rústico (Pagliotto Pedras de Cantaria) configura a bancada da cozinha criada pelo Suíte Arquitetos para a mostra CASACOR São Paulo 2018. “É um projeto com uma ligação forte com a natureza e suas formas orgânicas e puras, por isso escolhemos esse elemento bruto, como se uma rocha estivesse presente no espaço”, define a arquiteta Daniela Frugiueli. Com 1,20 x 1,20 x 4 m, cuba esculpida na pedra e tampo polido, o volume resulta de peças encaixadas em uma estrutura metálica robusta.
Atração no hall
Para demarcar um trecho na entrada desta casa no interior de São Paulo, as arquitetas Marina Cardoso de Almeida e Sarah Bonanno, do escritório TRIA Arquitetura, revestiram 9 m² de uma parede interna com pedra-madeira bruta de corte almofadado (Espanhol Pedras) ao redor de um nicho desenhado com chapas metálicas. “A superfície foi rebocada e as peças assentadas com argamassa de área externa, de modo que se encaixassem”, conta Marina. O acabamento somou lavagem de ácido muriático e aplicação de hidrofugante.
Veios em profusão
Uma estrutura composta de mármore calacata paraná (Mont Blanc Mármores) forma a mesa de jantar (0,76 x 1 x 1,91 m) e se estende até a cozinha, onde funciona como bancada (0,34 x 0,90 x 1 m). A peça, que leva placas polidas cortadas sob medida e coladas pela marmoraria, promove continuidade no ambiente. “Apenas a lateral foi chumbada na parede, o restante se apoia no piso, estabilizado pelo próprio peso”, explica o arquiteto Marcel Casamassa, que assina a obra com Silvia Almeida, da MIS Arquitetura e Interiores.
Joia nacional
O tom esverdeado da amazonita realça a divisória que esconde a área do chuveiro neste projeto do arquiteto Maicon Antoniolli para a CASACOR São Paulo 2018, onde as referências visuais da natureza imperam. “Procurei usar cores e combinações que encontramos em paisagens”, comenta. As placas de 0,87 x 1,20 m da rocha semipreciosa (Antolini do Brasil) foram fixadas com grampos em uma estrutura metálica e arrematadas com filetes de latão. O piso de porcelanato (Portobello) e a banheira (Vallvé) definem o ar sóbrio.
Nicho de pedra
Uma caixa de granito negro indiano (Cosentino) de 0,92 x 2,40 x 2,90 m demarca o espaço destinado à cozinha neste ambiente integrado de 75 m² elaborado pelas arquitetas Flavia Gerab Tayar e Silvana Mattar, do escritório Mattar Tayar. “É um revestimento nobre que abraça todo o nicho, envolve a coifa e enaltece o armário com acabamento dourado”, diz Flavia. Em placas polidas sob medida, a pedra de fácil manutenção também aparece no tampo, instalado com grapas, massa plástica e rejunte.