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10 ambientes evidenciam a beleza das rochas naturais

Com veios destacados em placas polidas sobre extensas superfícies ou aplicadas em sua forma brutas, esse material leva textura e força aos projetos

Por Deborah Apsan (visual) e Letícia de Almeida Alves (texto)
3 abr 2023, 19h00
 (Eduardo Pozella/Divulgação)
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Efeito cênico

10 ambientes evidenciam a beleza das rochas naturais
(Eduardo Pozella/Divulgação)

Assentadas com argamassa no padrão espinha de peixe, placas de ardósia de 2 x 10 x 40 cm revestem por completo os ambientes do restaurante Seen, na capital paulista. “Neste projeto, resgatamos materiais muitos usados em outras épocas, a exemplo da ardósia, que cobre todo o piso e sobe pelas paredes”, explica o arquiteto Vitor Penha, do Estúdio Penha. A paginação com angulação cuidadosa foi acabada em junta seca e as superfícies receberam aplicação de resina para facilitar a manutenção.

Superfície cristalina

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(Eduardo Pozella/Divulgação)

Nesta cozinha de 27 m², o tampo de quartzito taj mahal (Pedras Morumbi), de fundo branco e veios suaves, arremata a bancada de 0,92 x 1,20 x 4,80 m feita de concreto e com parte apoiada no piso, parte em balanço. “Essa rocha brasileira lembra um cristal e traz valor estético e funcional – a moradora pediu uma superfície ideal para abrir massas”, diz a arquiteta Julliana Camargo, autora do projeto ao lado de Karina Pinto. Neutra, a pedra faz um belo jogo com os ladrilhos azuis (criação da Metro Arquitetos para a Brasil Imperial).

Apoio rústico

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(Denilson Machado/Divulgação)

O projeto de interiores desta casa em Porto Feliz, SP, seguiu a arquitetura assinada por Arthur Casas. “Buscamos uma integração entre exterior e interior intensificando a estética brutalista”, explica a arquiteta Patricia Martinez, a respeito da pedra-madeira irregular da fachada, replicada também em alguns ambientes. Com tamanho médio de 35 x 40 cm, os blocos (Casa das Pedras) foram assentados com argamassa mista de cimento branco, areia e cal e rejunte áspero de 5 cm – formando uma superfície plana, não almofadada.

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Efeito tridimensional

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(Eduardo Pozella/Divulgação)

Para trazer um pouco de textura e driblar a monotonia nesta sala de estar, a arquiteta Karina Korn apostou em um mosaico de pedra portuguesa preta ( 10 cm x 1,70 m x 2,50 m). para assentar o material foi preciso criar um volume de drywall da altura do pé direito, o que possibilitou que as pedras fossem assentadas de maneira uniforme. ” Para compor este mosaico não foi preciso utilizar argamassa ou rejunte porque as pedras se autotravam e ficam com esse efeito 3D“, explica a arquiteta.

Padrão pastilha

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(Mariana Orsi/Divulgação)

Para criar uma atmosfera de spa neste banheiro de 12 m², o arquiteto Carlos Rossi escolheu revestir duas paredes de 2,5 x 3 m com placas de 10 x 10 cm de pedras hitam (Palimanan), indicadas inclusive para saunas e áreas submersas. “Queríamos dar continuidade ao tom do granito São Gabriel rústico aplicado na bancada, então escolhemos essa pedra vulcânica de coloração acinzentada”, explica. Assentadas com argamassa colante e junta seca, elas compõem com o metal escuro do espelho e da divisória de vidro.

Bruto e monolítico

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(Cacá Bratke/Divulgação)
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Um bloco de granito rústico (Pagliotto Pedras de Cantaria) configura a bancada da cozinha criada pelo Suíte Arquitetos para a mostra CASACOR São Paulo 2018. “É um projeto com uma ligação forte com a natureza e suas formas orgânicas e puras, por isso escolhemos esse elemento bruto, como se uma rocha estivesse presente no espaço”, define a arquiteta Daniela Frugiueli. Com 1,20 x 1,20 x 4 m, cuba esculpida na pedra e tampo polido, o volume resulta de peças encaixadas em uma estrutura metálica robusta.

Atração no hall

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(Julia Ribeiro/Divulgação)

Para demarcar um trecho na entrada desta casa no interior de São Paulo, as arquitetas Marina Cardoso de Almeida e Sarah Bonanno, do escritório TRIA Arquitetura, revestiram 9 m² de uma parede interna com pedra-madeira bruta de corte almofadado (Espanhol Pedras) ao redor de um nicho desenhado com chapas metálicas. “A superfície foi rebocada e as peças assentadas com argamassa de área externa, de modo que se encaixassem”, conta Marina. O acabamento somou lavagem de ácido muriático e aplicação de hidrofugante.

Veios em profusão

10 ambientes evidenciam a beleza das rochas naturais
(Eduardo Pozella/Divulgação)

Uma estrutura composta de mármore calacata paraná (Mont Blanc Mármores) forma a mesa de jantar (0,76 x 1 x 1,91 m) e se estende até a cozinha, onde funciona como bancada (0,34 x 0,90 x 1 m). A peça, que leva placas polidas cortadas sob medida e coladas pela marmoraria, promove continuidade no ambiente. “Apenas a lateral foi chumbada na parede, o restante se apoia no piso, estabilizado pelo próprio peso”, explica o arquiteto Marcel Casamassa, que assina a obra com Silvia Almeida, da MIS Arquitetura e Interiores.

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Joia nacional

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(Eduardo Pozella/Divulgação)

O tom esverdeado da amazonita realça a divisória que esconde a área do chuveiro neste projeto do arquiteto Maicon Antoniolli para a CASACOR São Paulo 2018, onde as referências visuais da natureza imperam. “Procurei usar cores e combinações que encontramos em paisagens”, comenta. As placas de 0,87 x 1,20 m da rocha semipreciosa (Antolini do Brasil) foram fixadas com grampos em uma estrutura metálica e arrematadas com filetes de latão. O piso de porcelanato (Portobello) e a banheira (Vallvé) definem o ar sóbrio.

Nicho de pedra

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(Eduardo Pozella/Divulgação)

Uma caixa de granito negro indiano (Cosentino) de 0,92 x 2,40 x 2,90 m demarca o espaço destinado à cozinha neste ambiente integrado de 75 m² elaborado pelas arquitetas Flavia Gerab Tayar e Silvana Mattar, do escritório Mattar Tayar. “É um revestimento nobre que abraça todo o nicho, envolve a coifa e enaltece o armário com acabamento dourado”, diz Flavia. Em placas polidas sob medida, a pedra de fácil manutenção também aparece no tampo, instalado com grapas, massa plástica e rejunte.

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