Dicas valiosas para a composição de uma sala de jantar

A arquiteta Patricia Penna elenca quais os pontos necessários para um projeto perfeito para receber com bom gosto, bem-estar e sofisticação

Por Redação
Atualizado em 10 out 2024, 21h17 - Publicado em 31 out 2021, 13h00
Varanda de apartamento de 236 m² virou urban jungle. Projeto de Vivi Cirello. Na foto, sala de jantar, piso de madeira.
 (Renato Navarro/Divulgação)
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Depois de quase dois anos pandêmicos, todos nós sentimos falta das grandes reuniões entre família e amigos, não é? Com o avanço da vacinação e a flexibilização das normas em relação, ao COVID-19, estes encontros poderão acontecer logo em breve.

Por isso, esteja preparado: entre os ambientes da área social de uma casa ou apartamento, não há dúvidas de que a sala de jantar é o melhor cenário para reunir visitas queridas. Afinal, é ao redor de uma mesa, acompanhada por um menu bem elaborado, que as conversas se eternizam.

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Alocada entre o living e o espaço gourmet, essa sala de jantar, assinada pela arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura, recebeu uma iluminação em trilhos, com pequenos holofotes direcionados que acompanham a ampla mesa com 10 posições de cadeiras (Leandro Moraes/Casa.com.br)

Para deixar o momento ainda mais singular, o cômodo deve apresentar conforto e um décor amparado pelas características que seguem uma definição correta dos móveis e itens decorativos.

“Em resumo, uma sala de jantar tem como protagonista uma mesa ajustada às dimensões do espaço e à rotina dos moradores. Junto a isso, ela deve refletir a atmosfera e o cotidiano deles, bem como estar em harmonia com os outros ambientes do setor social”, sintetiza a arquiteta Patricia Penna.

Com esse pensamento, torna-se essencial avaliar a conexão da sala de jantar com o living, por exemplo, para então seguir com a especificação da mesa, cadeiras e as demais peças.

Como decorar?

Farm house com toque boho e moderno: apê de 200 m² mescla estilos. Projeto de Rebeca de França. Na foto, sala de jantar, luminária de tecido, espelho.
(Denilson Machado, MCA Estúdio/Divulgação)
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Essa questão acompanha o jeito de ser dos moradores. Para aqueles que apreciam uma essência mais contemporânea, é muito bem-vinda a inserção de cores. Entretanto, para os clientes mais discretos, a decoração clássica, pautada em cores sóbrias, se configura como um caminho acertado.

“No tocante às cores, costumo ressaltar que, tudo o que marca em demasia tende a cansar com rapidez. Então, o bom senso nos propõe a criação de pontos de equilíbrio”, diz Patricia.

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Neste projeto assinado pela arquiteta Camila Corradi e a designer de interiores Thatiana Mello, sócias no Corradi Mello Arquitetura, a sala de jantar foi inteiramente projetada em tons de madeira. Mesa e a cadeiras com amadeirado leve e acabamento palhinha, piso mais claro e os quadros na parede permitem o sentimento de leveza e discrição (Evelyn Muller/Casa.com.br)

Ao optar por cadeiras estofadas, é possível trocar o tecido quantas vezes for necessário, diferentemente da cor da mesa. “Evidentemente, renovar as cadeiras é uma decisão muito mais prática. Ao desenvolvermos a arquitetura de interiores pela primeira vez, já podemos oferecer possibilidades de renovação em um período no futuro”, enfatiza a arquiteta.

Soluções criativas são destaques em apê de 145 m² com ambientes integrados. Projeto de Mari Milani. Na foto, cozinha e sala de jantar integradas
(Erika Urbino/Divulgação)
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Ao investir em peças mais clássicas, outro caminho é ressaltar os pontos de cor na aplicação de papel de parede e a inserção de obras de arte, que são igualmente mais práticas no processo de substituição.

Nos projetos com uma ambiência voltada para o clean, mesas e cadeiras com linhas contemporâneas, produzidas com madeira ou estrutura metálica, se mostram como resoluções bastante assertivas.

Para completar, a arquiteta afirma investir em cores sóbrias tanto para as tintas, como papéis de parede e, quanto às obras de arte, pinturas e molduras precisam estar alinhadas no contexto de que “menos é mais“.

Mesa: qual escolher?

Apartamento térreo ganha brinquedoteca com papel de parede tropical. Projeto de Abrazo Interiores. Na foto, sala de jantar, luminária azul, mesa de madeira.
(Julia Herman/Divulgação)

Para este ponto, é primordial considerar as dimensões da sala de jantar, a integração com os outros ambientes e pontos específicos do projeto, como a existência de portas. Indagações como o número de aberturas existentes, a possibilidade de fechamento e a criação de outro acesso precisam ser respondidas antes do grande passo.

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Memórias e histórias de viagem permeiam apê de 170 m². Projeto de Camila Niskier e Noa Arquitetos. Na foto, sala, mesa de jantar, luminária, gallery wall.
(André Nazareth/Divulgação)

Após essa análise, é hora de ponderar as oportunidades. Mesas redondas, ovais ou quadradas demandam área de circulação e movimentação das cadeiras por todo perímetro, ocupando um espaço precioso do ambiente.

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Por outro lado, as retangulares propiciam uma composição entre bancos e cadeiras, podendo ser alinhadas com uma parede. “Em uma sala de jantar menor, essa é uma boa alternativa, pois conseguimos ganhar uma circulação maior”, analisa a arquiteta.

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Nessa residência realizada pela arquiteta Patricia Penna, a sala de jantar fica localizada entre a cozinha – resguardada pelas portas de correr ao fundo –, e o espaço gourmet. Redonda, encaixou-se perfeitamente no local e ainda serve de apoio para outra grande mesa, situada na parte externa da casa, e empregada pelos moradores quando o número de convidados é superior. Sua estrutura é metálica e o tampo executado madeira natural (Leandro Moraes/Casa.com.br)
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Em relação aos materiais, as mesas podem ter estrutura metálica, madeira e até mesmo em vidro. “Porém, vale considerar o acabamento que melhor se encaixe no projeto, bem como o estilo do décor”, destaca Patricia. Isso vale também para os tampos, elementos que devem ter custo, resistência e a frequência de uso avaliados, para que a escolha corresponda da melhor forma às necessidades dos moradores.

Como pensar na iluminação?

O projeto luminotécnico da sala de jantar relaciona o uso de peças funcionais/técnicas, e outras decorativas – sendo que, por vezes, as duas funções podem estar na mesma peça.

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Com pé-direito duplo, a sala de jantar projetada por Patricia Penna incentivou a instalação de longos pendentes minimalistas, resultando em uma ambiência charmosa, elegante e moderna. A iluminação é complementada por pontos no forro, e luz difusa geral, que abrange toda a área de forma suave e sem gerar contrastes e sombras muito marcadas nos objetos (Leandro Moraes/Casa.com.br)

A associação destas peças, precisa trazer a iluminação ideal, para o ambiente, pois é essencial que se enxergue com clareza o que está sendo servido e consumido, mas de modo a não ofuscar e incomodar a visão. “Nem tão escuro, nem tão claro. O meio termo é a referência que pauta a iluminação com o propósito do bem receber”, explica Patricia.

A dimerização das lâmpadas é um artifício muito usado pois permite a criação de cenas e níveis de iluminação, de maneira muito simples. Há ainda a possibilidade de todo o sistema ser integrado à uma automação, tornando este processo de criação de cenas e ambientes ainda mais simples.

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Nesta sala de jantar das profissionais do Corradi Mello Arquitetura, o lustre ‘Sputnik’, inspirado no primeiro satélite lançado no espaço pela União Soviética, em 1957, acompanha a decoração contemporânea presente em todo apartamento (Evelyn Muller/Casa.com.br)

Quanto à altura do pendente, que não é mandatório; essa referência pode variar e acompanhar o desenho de cada modelo. Contudo, o parâmetro sugerido é respeitar uma distância máxima entre 75 e 80 cm do tampo da mesa.

“Ao invés do pendente, podemos trabalhar com peças de sobrepor ou apenas pontos de luz no forro, permitindo, por exemplo, que a atenção seja voltada para uma peça de arte ou uma belíssima arandela na parede”, exemplifica a arquiteta.

Sala de jantar na varanda: é válido?

 

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A sala de jantar deste apartamento foi alocada na varanda, que possui integração com o living e serve, com maestria, todas as propostas de eventos. Sem o uso de pendentes, a arquiteta Patricia Penna idealizou um ambiente clean e inspirado na leveza do contemporâneo (Leandro Moraes/Casa.com.br)

Esta é uma solução que vem se tornando cada vez mais comum, sobretudo em apartamentos menores, onde as varandas gourmets têm tido, basicamente, o mesmo tamanho das salas. Integrar esse espaço com o setor interno permite criar um ambiente de jantar, sem precisar de duas mesas. Com isso, o projeto ganha em possibilidades, funcionalidade e circulação.

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A cortina de vidro auxilia no conforto térmico e protege o ambiente da chuva e do sol. Neste projeto, a mesa com cadeiras na varanda formou uma sala de jantar (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

“Em residências, temos projetado, com frequência, cozinhas integradas com o gourmet e área de lazer. Desta maneira, conseguimos estipular uma clara setorização, porém os ambientes permanecem integrados, fator que incentiva e facilita o uso no dia a dia”, finaliza a arquiteta.

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