Você sabia que, ao invés de pesticidas, você pode ter joaninhas?
Já imaginou resolver os problemas de pragas com besouros do bem?
O Instituto Biológico (IB-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo explica como as joaninhas, besouros pequenos do bem, exercem um trabalho fundamental na conservação das hortas. Elas controlam os pulgões, uma praga muito comum nas plantações de alface e couve, uma função pouco conhecida.
Os produtores, que visam este objetivo, devem realizar o controle biológico conservativo. Ou seja, a produção de inimigos naturais que otimizam e aumentam a eficácia do controle de pragas. Para isso, evite o uso de defensivos agrícolas – prejudicial à vida das joaninhas, que são sensíveis ao uso – e cultive plantas com intenso florescimento.
O pólen e néctar são alimentos para as espécies adultas, sobretudo quando o alimento principal, os pulgões, foram exterminados.
Mantendo um ambiente adequado, elas conseguem se manter, reproduzir e aumentar a população – sendo possível você descartar os produtos químicos. Tanto na fase de larva quanto na adulta, estes besouros saudáveis consomem até 200 pragas por dia.
Além disso, também podem ser usados em culturas anuais, frutíferas e plantas ornamentais. Porém, antes de qualquer coisa, aprenda o máximo que conseguir sobre estes insetos em todas as suas fases.
“Muitas vezes, por desconhecimento, o produtor acaba matando as larvas ou ovos de joaninhas porque acha que eles seriam de uma praga, quando na verdade, eles podem ser a solução para os problemas da plantação. Elas medem de 1 a 10 milímetros. Os adultos, após o acasalamento, colocam os ovos agrupados, que darão origem a pequenas larvas. Tanto as larvas como os adultos se alimentam dos pulgões. O único momento que a joaninha não se alimenta dessa praga é durante seu período de pupa, que é quando ela fica numa espécie de casulo”, afirma Terezinha Monteiro, pesquisadora do IB.