Durante os últimos 7 anos, o público acostumado a ir ao Planetário do Ibirapuera deixou de ver o céu da cidade, espetáculo que se repetia desde 1957 na cúpula da obra projetada por Roberto Tibau, Eduardo Corona e Antonio Carlos Pitombo. Reformas mal feitas já haviam desfigurado a arquitetura do Planetário, mas o cadeado que finalmente trancou a entrada já deixava supor que o abandono, o concurso do tempo, a água e os cupins faziam, no interior do prédio, seu lento e obstinado trabalho de destruição. A necessidade de um restauro se impôs, tarefa que ficou a cargo dos arquitetos Paulo Faccio e Pedro Dias de Abreu Neto. A eles se uniu Luis Antônio Cambiaghi Magnani, especializado em restauração de bens tombados. “Foi um dos primeiros projetos da arquitetura moderna a passar por uma grande intervenção”, lembra Paulo.