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Entenda como usar banquetas altas

O arquiteto Bruno Moraes dá algumas dicas para você acertar na escolha desse móvel versátil que combina conforto e estilo

Por Redação
18 ago 2022, 13h00
Cozinha com tons de marrom e piso de cimento queimado
Nesta sala de jogos conectada à churrasqueira, com projeto de interiores de Bruno Moraes, as banquetas de 75 cm de altura (do assento até o piso) se adequam ao balcão de 1,05 m. Elas são de alumínio com corda náutica, bem-vindas em áreas internas e externas (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

Perfeitas para o balcão da cozinha ou da varanda gourmet, as banquetas altas trazem praticidade, beleza e muita personalidade ao ambiente. Não basta se encantar apenas pela estética, pois há muitos cuidados para a compra certa.

Por isso, o arquiteto Bruno Moraes, à frente do escritório que leva seu nome, revela algumas dicas que podem ajudar a selecionar o modelo ideal, considerando design, tamanho, quantidade e material.

“Embora seja um móvel certeiro quando falamos em cozinhas americanas, também pode ser adotado em varandas gourmets e outros espaços relacionados ao receber em casa”, comenta.

Cozinha com base neutra com tons de cobre
Em alta na decoração, a bancada do tipo ilha, presente em cozinhas e varandas gourmet, é a perfeita combinação com as banquetas altas. Neste apartamento, o arquiteto Bruno Moraes elegeu móveis com assento e estrutura de madeira arredondadas (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

Quando se trata do material mais comum, certamente a madeira, especialmente nos momentos em que se deseja aconchego, está no topo da lista. Mas os modelos feitos de metal, com diferentes cores, também estão em alta.

Em se tratando da quantidade ideal, tudo vai depender da largura do tampo da bancada: é preciso tomar cuidado para não criar um ambiente desconfortável, seja pela falta de espaço entre os móveis, seja pela ergonomia em relação ao balcão em si.

É preciso planejar cuidadosamente as características da banqueta. Segundo Bruno, deve-se levar em consideração todas as variáveis envolvidas: local, estilo do ambiente, espaço disponível e, é claro, a preferência do cliente.

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Cozinha com bancada branca e banquetas cinzas
Ao mesmo tempo em que sonhava com uma cozinha prática, a dona deste apartamento também desejava uma composição despojada, sem exageros. Na bancada de quartzo com 95 cm de altura, o arquiteto Bruno Moraes trabalhou com três banquetas altas de ar industrial (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

“Não se trata de um móvel perfeito para um local de maior permanência, a não ser que seja uma opção de assento macio, muitas vezes até com braços”, afirma o arquiteto. “Considero uma alternativa para refeições rápidas, para receber os amigos de uma maneira casual, despojada”, completa o arquiteto.

cozinha com banquetas
Perfeita para refeições rápidas, a banqueta foi a escolha de Bianca Tedesco e Viviane Sakumoto para esse projeto, em que a cozinha integrada com o estar ganhou um balcão que, além de delimitar os ambientes, pode ser usado para auxiliar nos preparos (Luís Gomes/Casa.com.br)

Uma dica para quem busca algo funcional para ambientes reduzidos ou integrados é a banqueta giratória. Com ela, é possível sair do balcão sem se afastar e virá-la para todos os espaços conectados.

Já para os moradores que priorizam a comodidade, uma solução interessante é a alternativa com regulagem de altura, que garante o ajuste perfeito em relação ao tampo. A boa notícia é que não faltam produtos que combinam todas essas características em um design atemporal.

Cozinha com balcão e banquetas
Projeto de Paula Pupo (Juliano Colodeti/Casa.com.br)

Quando falamos em medidas de conforto, para acompanhar as bancadas altas (com aproximadamente 1,15 m de altura), vale recorrer às banquetas que ficam de 83 a 85 cm do piso, garantindo uma postura confortável.

Para se ter um comparativo, uma bancada com cerca de 1 m de altura, convém eleger banquetas médias. Para manter a coluna ereta e uma boa ergonomia, deixe-o móvel entre 70 e 75 cm de distância do chão.

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“À título de comparação, uma cadeira geralmente está a 45 cm do piso, portanto, não proporcionaria a mesma ergonomia na execução de um balcão alto”, comenta Bruno.

Acerte na composição

Banquetas em cozinha com parede de tijolinhos
Metálica e com uma almofada no assento, a Banqueta Bertoia aposta no design universal, imprimindo uma atmosfera industrial neste projeto do arquiteto Bruno Moraes (Luis Gomes/Casa.com.br)

Não é regra, mas fica difícil imaginar uma banqueta sozinha, de acordo com o arquiteto Bruno Moraes. “Em geral, está acompanhada de uma bancada, de um tampo. Se for para deixar sozinha, é mais recomendável que seja uma cadeira ou uma poltrona”, compara.

“Outra situação recorrente é ter mais de um móvel, lado a lado, a não ser que o espaço seja pequeno demais e só caiba uma unidade”, continua o profissional.

Cozinha com ilha e banquetas
Projeto de Memoá Arquitetos (Alessandro Gruetzmacher/Casa.com.br)

Quanto à pergunta se podemos misturar diferentes modelos de banquetas altas numa mesma bancada, o céu é o limite, não há regras. No entanto, se a ideia é ter uma decoração com um visual mais leve, repetir os modelos facilitará esse resultado.

“Costumo usar duas, três ou até mais peças idênticas em busca de unidade visual e um conjunto mais harmônico, como fizemos nessa bancada de cozinha com os modelos de cobre Bertoia”, afirma ele.

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Escolhas certeiras para áreas externas

Banquetas altas em área externa
As banquetas altas e a mesa bistrô, ambas de madeira, recebem os cafés da manhã ao ar livre neste projeto de Bruno Moraes (Luis Gomes/Casa.com.br)

Para os espaços ao ar livre, tudo começa pela escolha de materiais resistentes às intempéries. Tanto o alumínio como alguns tipos de madeira, caso do cumaru, aguentam a ação do tempo, com a diferença de que a madeira pede manutenção de tempos em tempos.

banqueta cozinha
(Dwell/Reprodução)

Se o ambiente está conectado à piscina ou poderá receber os moradores com roupas molhadas, o assento e encosto das banquetas altas devem ser feitos de um material impermeável e que, de preferência, seque rapidamente.

“Entre os bons exemplos de materiais, temos a corda náutico, os tecidos Acquablock e com proteção contra água e raios-UV”, exemplifica Bruno Moraes.

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