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Jardins silvestres e naturalistas: uma nova tendência

Jardins que "imitam a natureza" além de serem mais sustentáveis, já que precisam de menos água e insumos, têm uma estética exuberante e selvagem

Por Landhi
Atualizado em 29 fev 2024, 14h57 - Publicado em 21 fev 2023, 19h00
Austroeupatorium inulifolium.
Austroeupatorium inulifolium. (Reprodução/Landhi)
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Por Valentina Arruabarrena

Como dizia um grande filósofo grego há milhares de anos: “O fundamento de tudo está na mudança contínua e incessante das coisas”, a infraestrutura verde, os jardins, e o paisagismo não escapam deste princípio. Além disso, leva-se em consideração as mudanças climáticas globais, que ninguém pode evitar.

Novas tendências não acontecem por si mesmas, são decorrentes de necessidades, adaptações e operações eficientes. Uma mudança no planejamento, execução e gestão é necessária para compensar os efeitos negativos e parar a devastação do nosso ecossistema.

Rudbeckia fulgida.
Rudbeckia fulgida. (Reprodução/Landhi)

Diante desses desafios, o século 21 trouxe mudanças de paradigmas que são observadas em diferentes disciplinas. No paisagismo, surgiu a nova tendência: jardins selvagens, naturalistas.

Essa tendência cresce em todo o mundo, a partir de jardins que imitam a natureza, incorporando os famosos e em expansão ‘nativos’ (espécies nativas de cada região), reduzindo o uso de água para irrigação e aproveitando materiais da região (menor pegada de carbono) e sistemas solares com energia renovável; todos os itens que ajudam a remediar problemas ambientais.

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Asclepia curassavica.

Esteticamente, essa nova tendência em jardins está associada a prados de flores e pastagens que crescem sem regras, além das ditadas pela mãe natureza. Com a flora adaptada ao meio ambiente, é possível projetar um jardim com um sabor selvagem e atingir os objetivos.

Observam-se espaços soltos, dinâmicos e amigáveis, cria-se uma ligação com o ambiente mais real e sensível. A contribuição da folhagem, da flor e dos frutos é fundamental, desta forma, há interesse ao longo do ano, ao longo de todas as estações. Ao mesmo tempo, comida e abrigo são fornecidos para polinizadores e pássaros.

Ageratum petiolatum, Salvia x sylvestris, Sedum 'Matrona' e Paspalum quadrifarium
Ageratum petiolatum, Salvia x sylvestris, Sedum ‘Matrona’ e Paspalum quadrifarium. (Reprodução/Landhi)
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O desenho da plantação neste tipo de jardim desempenha um papel muito importante. É fundamental escolher a planta certa para o local correto, priorizando o clima e o solo da região, variáveis ​​que não podem ser modificadas, sendo esta a chave para o sucesso de sua implantação e a harmonia do ecossistema. O benefício não é apenas ecológico, como provam estudos feitos por universidades reconhecidas, esse tipo de paisagem tem um efeito positivo no bem-estar de seus usuários.

Como paisagista, imagino jardins conectados ao meio ambiente e sustentáveis ​​ao longo do tempo, com a utilização de comunidades de espécies que compõem jardins de baixa exigência e que aumentam a biodiversidade, irradiando percepções e sensações com jogos de formas, texturas, cores, aromas e movimentos. Você pode ser ecologicamente consciente e fazer paisagismo ao mesmo tempo.

Estou constantemente em busca de conectar a casa com o jardim, e criar um vínculo forte, onde um valoriza o outro e vice-versa.

Os jardins selvagens, como os chamamos hoje, são um bom complemento para a arquitetura moderna e sustentável.

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Estudio Arruabarrena

Ing. Agr. y Paisajista

IG: valentina.arruabarrena

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