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Quarto de irmãos: como equilibrar as escolhas?

Saiba o que deve ser considerado para facilitar a rotina dos filhos no compartilhamento do ambiente

Por Redação
Atualizado em 19 set 2024, 20h58 - Publicado em 14 jul 2021, 08h00

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A coisa mais normal entre irmãos é a briga e qualquer motivo é suficiente para um desentendimento. Dividir um quarto, então, pode tornar a situação ainda mais complicada para quem precisa lidar com eles. E não é para menos: desde cedo, a criança exprime o desejo de ter seu próprio cantinho onde possa expressar suas singularidades e gostos.

Não é sempre que cada um pode dormir sozinho e ter um espaço para chamar de seu. Mas é possível que o ambiente dividido possa prover essas sensações de pertencimento e bem-estar.

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Projeto de Shirlei Proenca (Renato Navarro/Casa.com.br)

Conhecer o perfil de cada criança, entender as características da faixa etária e realizar um bom planejamento são alguns dos caminhos apontados por Erika Mello, arquiteta no escritório Andrade & Mello Arquitetura. Para ela, a leitura individualizada e as soluções proporcionadas pela arquitetura de interiores pode, inclusive, incutir nos irmãos a felicidade de crescerem e dormirem juntos no mesmo dormitório.

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(Reprodução/Morar61)

“Muito além do descanso noturno, um espaço bem planejado assegura a oportunidade de os pequenos realizarem atividades educativas, brincadeiras e uma ambiência tranquila para as tarefas escolares e as aulas online. No final das contas, o objetivo é prover experiências e memórias muito positivas para os pequenos moradores”, explica Erika.

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(Renato Navarro/Divulgação)

Junto com o também arquiteto e seu sócio, Renato Andrade, eles elencaram alguns pontos que norteiam esse processo. Acompanhe:

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Delimite os espaços de cada um

Independente do gênero dos irmãos que dividem um quarto, é importante que cada um tenha um espaço que se reconheça como indivíduo, independentemente da idade. Renato Andrade argumenta que, em alguns projetos, a diferença entre a faixa etária pode até se revelar como limitante em alguns pontos, mas as boas ideias são as soluções para os desafios.

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(Luis Gomes/Casa.com.br)

“Em dormitórios pequenos, o beliche é, sem dúvida, um móvel que contribui para aumentar a circulação. Ao mesmo tempo, pode causar receio aos pais, que temem pela segurança dos pequenos. Mas já realizamos um projeto que a caminha de cima foi toda protegida por acrílico e, para a escada, a marcenaria produziu degraus muito mais leves e tranquilos para o movimento de subir e descer”, descreve.

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Aposte em cores e decoração

Depois de traçar o espaço dos pequenos moradores no dormitório, pensar na cor é outra missão muito importante. “A paleta adotada precisa dialogar com eles, destacando as preferências de cada um. O layout e o décor de um quartinho costuma se manter pelo período da infância e é fundamental que se sintam felizes, realizados e acolhidos no ambiente. Precisa se democrático e agradar a todos”, discorre Erika.

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Já nesse quartinho assinado pela arquiteta Cristiane Schiavoni, um móvel entre as camas foi responsável por criar a divisão entre as camas dos irmãos (Carlos Piratininga/Casa.com.br)

Fugindo dos padrões, os profissionais do escritório também afirmam que o arquétipo que antigamente definia uma determinada cor para menino e outra para menina ficou no passado. O paradigma foi quebrado pelo décor sem gênero, que propõe um estilo neutro, que não explora uma cor predominante, mas sim um colorido que traz alegria e vida para o ambiente.

Casa tem área gourmet com toldo retrátil e piso em pedra rústica. Projeto de Gabriela Toledo Arquitetura. Na foto, quarto infantil, papel de parede.
(Monica Assan/Divulgação)

“Isso não significa que os clássicos devem ser deixados de lado, mas sim que podemos combinar com tons mais neutros, como o cinza e o branco, para deixar o cômodo mais sofisticado e harmonioso. Para a parede, além da tinta, papéis e adesivos, que podem ser retirados com o tempo, são opções bacanas para as crianças, que de acordo com o crescimento, podem mudar suas predileções e redecorar de tempos em tempos sem mexer com a estrutura do quarto”, relata o arquiteto.

Divisão de brinquedos e roupas em móveis separados

Os arquitetos recomendam que cada irmão possa ter o seu cantinho para acomodar os itens que façam parte da sua história… brinquedos, livros, material escolar podem ser dispostos em uma divisão inteligente e composta por prateleiras, nichos e caixas organizadoras, entre outros recursos.

Projeto de Júlia Marques. Na foto, quarto infantil com guarda roupa.
(Produção visual: Tom Castro/Fotos: Luiza Schreier/Casa.com.br)

“Ainda que ambos brinquem juntos, precisamos respeitar a individualidade de cada um. Os brinquedos são bem valiosos e as crianças precisam ser estimuladas a guardar, preservar e tê-los sempre em ordem”, comenta Erika.

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Para as roupas e o momento de estudar, o pensamento não se difere: a decoração contribui para o compromisso que os pais têm em oferecer cultivar o jeito de ser e a identidade de cada filho.

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No dormitório com inspiração genderless, nichos e pequenas prateleiras estimulam que cada irmão preserve seus objetos (Carlos Piratininga/Casa.com.br)

Aposte em mobiliários seguros

 

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O sonho de toda criança: um quarto dedicado à reunião dos amigos, para fazer bagunça e brincar até a hora de ir para a cama! O projeto é de Muito Mais Arquitetura + Nina Moraes Design + Ateliê Baobá Pitucos para a mostra virtual Casa na Toca (Divulgação/Casa.com.br)

Por último, mas não menos importante, principalmente se tratando de crianças pequenas, o cuidado precisa ser redobrado. Portanto, nada mobiliários pontudos, quinas e até mesmo tomadas de fácil acesso ou sem proteção.

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