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26 modelos de cerâmicas e porcelanato para pisos e paredes

Uma das etapas mais envolventes de uma obra é a escolha dos acabamentos

Por Texto Daniella Grinbergas | Reportagem Visual Fernanda de Castro Lima
Atualizado em 19 dez 2022, 21h19 - Publicado em 27 Maio 2012, 12h39

Há décadas, a cerâmica – e, mais recentemente, o porcelanato – ocupa as primeiras posições no ranking dos revestimentos para piso para parede para área externa para área interna para pisos e alvenarias. “Isso se deve ao fato de serem produtos de alta resistência e durabilidade, além de terem fácil limpeza e preço acessível”, afirma Antônio Carlos Kieling, CEO da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer). Se você logo pensou naqueles modelos básicos e pouco atraentes, tão comuns a obras antigas, irá se surpreender com nossa seleção. As inovações tecnológicas puxam as tendências. As peças ganham mais cores ou reproduzem o visual de outros materiais – o resultado é cada vez mais fiel e a vantagem está no custo inferior ao dos originais. Apesar de tanta variedade, não se deixe levar só pela aparência. Antes de mais nada, é essencial saber que há modelos específicos para cada uso e ambiente. Conheça as diferenças e vá à loja preparado para comprar corretamente.

*Preços Pesquisados de 1º a 13 de abril de 2012, sujeitos a alteração.

Que fatores analisar ao definir a cerâmica?

Tenha em mente o espaço que irá revestir e a adequação das peças. “Há produtos específicos para áreas externas, internas, paredes e pisos – de alto e baixo tráfego”, afirma Marco Diehl, diretor do Grupo Incefra.

Ela sempre pode ser molhada?

De forma geral, a cerâmica absorve pouquíssima água, por isso pode ser aplicada em locais molhados. Existem produtos, no entanto, que são específicos para áreas externas, e isso se deve à necessidade de maior resistência a fatores climáticos, como a variação de temperatura. “Além disso, para pisos em contato direto com a água, é sempre recomendado um revestimento com características antiderrapantes”, alerta Antônio Carlos Kieling, da Anfacer.

Tudo o que vai no chão pode ir para a parede?

Sim. As características técnicas dos revestimentos para piso são mais que suficientes para o uso em alvenarias. Há fabricantes, porém, que fazem restrição à aplicação desse ou daquele modelo em paredes por questões estéticas. Mas, atenção: acabamentos desenvolvidos exclusivamente para as paredes têm a aplicação no chão proibida, pois não oferecem a resistência mínima à abrasão necessária.

Há recomendações específicas a respeito da instalação?

Não adianta comprar um revestimento de qualidade se a colocação não for bem cuidada. São dois os tipos de argamassa para assentar cerâmica: o feito na obra (à base de cimento) e o industrializado, conhecido como argamassa colante. “Aconselhamos utilizar esse último, também à base de cimento, mas com aditivos que melhoram seu desempenho”, diz Gilmara Vieira, coordenadora de atendimento ao consumidor da Portinari. Os produtos industrializados são classificados conforme sua destinação: áreas internas secas; externas e com variação de temperatura; piscinas; e locais com vento e altas temperaturas constantes.

O que são peças retificadas?

A cerâmica convencional tem laterais levemente abauladas. Na versão retificada – tendência no setor –, essas bordas são acertadas a fim de se obter um esquadro praticamente perfeito. “A placa perde cerca de 1 cm em relação à original”, explica Sergio Ruzza, coordenador de design da Eliane. Ao olhar um modelo retificado, você notará que, apesar de ser vendido na medida 60 x 60 cm, por exemplo, ele tem um pouquinho menos que isso: a diferença será preenchida pelo rejunte no assentamento. O resultado é uma superfície mais uniforme e elegante.

O que faz uma cerâmica ser mais cara que outra?

“Essa diferença costuma estar relacionada às características técnicas de cada revestimento: matéria-prima da composição, esmalte, processos tecnológicos envolvidos, tamanho e finalidade de uso”, aponta o CEO da Anfacer.

Como limpar o revestimento?

Os fabricantes indicam detergente neutro diluído em água. “Para a limpeza pesada, use agentes específicos. Fuja de ácido muriático não diluído e de outros ácidos, porque eles queimam a camada de esmalte – nesse caso, a garantia da cerâmica é suspensa”, alerta Sérgio Formicola, gerente de marketing da Cerâmica Porto Ferreira.

Qual é a diferença entre cerâmica e porcelanato?

“O porcelanato é uma categoria de produto cerâmico. Essa classificação se dá em função da absorção de água”, explica Sergio Ruzza, da Eliane. Ele diz que a cerâmica comum tem absorção entre 3% e 10% e, quanto maior esse índice, mais porosa será a peça e menor sua resistência mecânica. “Para um produto ser considerado porcelanato, o teor de absorção deve ser igual ou inferior a 0,5%”, completa. O desempenho superior desse tipo de revestimento resulta da inclusão de materiais nobres em sua composição, como o mineral feldspato, e também da queima a temperaturas acima de 1 200 ºC – contra o máximo de 1 150 ºC da cerâmica.

O que é porcelanato técnico e em que difere do esmaltado?

O revestimento do tipo técnico tem absorção mínima de água – isso significa que absorve no máximo 0,1%, por isso dispensa a proteção de esmalte. Já os porcelanatos que absorvem até 0,5% de umidade precisam do esmalte para resistir mais a manchas. “O porcelanato esmaltado é produzido de modo semelhante à cerâmica, recebendo esmalte na superfície – responsável pelo aspecto decorativo – após a prensagem das argilas”, explica Sérgio Formicola, da Cerâmica Porto Ferreira.

O que é o PEI?

“Trata-se de um indicador da classe de abrasão superficial da placa cerâmica esmaltada”, afirma Cristina Kanaciro, tecnóloga civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Traduzindo: o PEI (Porcelain Enamel Institute)representa a resistência do esmalte de cobertura ao desgaste por atrito. “Quanto maior ele for, mais resistente é a superfície”, explica o CEO da Anfacer. Sabendo disso, não se deixe enganar por quem relaciona o PEI à qualidade. A escala vai de 0 a 5, sendo que o menor índice só serve para paredes e o maior destina-se a pisos chamados de alto tráfego, como os de garagens e de áreas comerciais. Para pisos residenciais, use produtos com PEI a partir de 2 – banheiros, cozinhas e locais de maior fluxo pedem índice a partir de 3.

O que é a tecnologia HD?

É o sistema de impressão que confere alta definição de imagem e textura aos revestimentos. “Imagine que as peças passem sob os bicos de uma grande impressora, que injetam as tintas cerâmicas. É possível escolher a foto que se deseja transpor com altíssima qualidade gráfica”, conta o coordenador de design da Eliane. “Mais do que nunca, podemos abusar do visual de palhas, fibra de coco, madeiras e tecidos, o que seria complicado em áreas molhadas, por exemplo, que não aceitam bem esses materiais in natura. Com a impressão digital, as estampas ficam ainda mais reais”, comemora Marilene D’Altoé, gerente de desenvolvimento de produtos da Portinari.

Existem normas técnicas e certificações?

Sim. Há algumas normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), inclusive uma específica para porcelanato, a única no mundo. “Ela visa a elevar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado e proteger o consumidor do uso indevido do termo porcelanato”, explica Antônio Carlos Kieling, da Anfacer. Mas não espere encontrar nas embalagens um selo oficial que assegure que os fabricantes cumprem todas as normas.

Legenda

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