Reforma traz décor sóbrio em tons de cinza para apê de 100m²
O arquiteto Rodolfo Consoli apostou no estilo contemporâneo com pontos de cor e madeira para criar aconchego.
O morador deste apartamento de 100m² chamou o arquiteto Rodolfo Consoli para criar o projeto de seu novo lar antes mesmo do antigo proprietário desocupá-lo. “Conheci este cliente na época que eu trabalhava em outro escritório, antes de partir para a carreira solo. Na ocasião, eu integrava a equipe que fez justamente a cobertura onde ele morava antes”, conta Consoli.
Na decoração, o novo proprietário pediu tons sóbrios, especialmente variações de cinza, e pouca madeira. Por isso, o arquiteto usou madeira e cores fortes apenas pontualmente para dar mais vida ao projeto, além da sensação de aconchego. Como o cliente também pediu para que o teto não fosse rebaixado, a nova iluminação é sobreposta à laje, totalmente aparente.
Segundo Consoli, todos os cômodos foram renovados na reforma, sem alteração na planta do imóvel, com exceção dos banheiros, que estavam em bom estado e foram mantidos. “Apenas trocamos o piso, originalmente em porcelanato bege polido, por réguas vinílicas amadeiradas”, ressalta ele.
“No geral, buscamos criar um apartamento contemporâneo, masculino e confortável, com personalidade nos detalhes, e, acima de tudo, super prático porque os dois filhos pequenos do morador – de 2 e 3 anos – o visitam frequentemente”, acrescenta.
Em se tratando de cores, materiais e acabamentos, o arquiteto usou a cor cinza de várias formas: no acabamento das marcenarias (incluindo painéis de parede), no estofamento da cabeceira da cama e do sofá, na pedra de mármore do tampo da mesa de jantar e no nicho-bar (também em mármore) da estante próxima a ela.
Para “aquecer” os ambientes, a madeira aparece na base cônica da mesa de jantar, nas prateleiras da estante da sala, no balcão da cozinha voltado para a sala e no piso vinílico de todo o apartamento, ainda assim puxando para um tom mais acinzentado.
A sobriedade do projeto foi quebrada com toques de azul e verde, com exceção do quarto dos filhos, que ganhou marcenaria e persiana em madeira e parede e teto pintados de azul, para deixar o espaço infantil mais divertido.
No quarto, o grande painel cinza ripado e a cabeceira estofada de linho cinza trouxeram leveza ao ambiente. Para quebrar a sobriedade do cinza e “aquecer” o décor, o arquiteto usou madeira no acabamento das mesas laterais e no requadro (em cumaru) da cabeceira. Já o verde (num tom mais fechado) aparece na roupa de cama e no tapete para trazer jovialidade ao ambiente.
“Fizemos o painel ripado para esconder a tubulação do ar-condicionado que já existia no local e uma parte de um pilar, criando assim uma unidade visual”, informa o arquiteto.
No quarto infantil, vale a pena destacar o papel de parede com estampa de mapa mundi povoado de bichinhos, as duas camas de solteiro com gradil (e uma cama auxiliar embaixo) e o painel de marcenaria ripada de madeira clara que envolve todo o quarto até meia altura, com direito à iluminação indireta e dois extensos porta-livros fixados na altura dos pequenos.
Já a luminária pantográfica instalada na parede onde as duas camas se encontram garante a leitura noturna. “Revestimos com drywall a viga que existe sobre a janela e a transformamos em um cortineiro iluminado”, relata Consoli. “Optei por pintar todo o quarto da mesma cor de fundo do papel de parede para criar uma unidade visual”, acrescenta ele.
No home office, com várias tomadas e gavetas, a bancada de trabalho foi instalada embaixo da janela já que o cliente trabalha a maior parte do tempo em casa e queria aproveitar ao máximo a luz natural. Repare que esta bancada está inserida dentro uma grande “caixa” de marcenaria cinza que vai até o teto, com fundo azul e persianas de madeira para contrastar e criar camadas de volume.
O ambiente conta ainda com um sofá-cama desenhado pelo próprio arquiteto, um pedido do cliente para que ele possa usar o escritório como quarto de hóspedes eventualmente.
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