Cozinha vira suíte e sala de jantar vira nova cozinha neste apartamento de 98 m²
O arquiteto Rafael Ramos destaca as marcenarias sob medida desenhadas pelo próprio profissional e o uso das formas curvas, arredondadas e orgânicas nos móveis.
Este apartamento de 98 m² tem vista para alguns cartões postais da capital carioca, como o Morro Pão-de-Açúcar, o Cristo Redentor, a Pedra da Gávea e o Morro Dois Irmãos. Após adquirir o imóvel, a moradora encomendou ao arquiteto Rafael Ramos um projeto de reforma completa, incluindo a decoração, para selar, em grande estilo, o início de um novo ciclo de vida. “A cliente pediu para manter o piso original em tábua corrida de madeira e que a decoração refletisse o despojamento elegante do life style da Zona Sul carioca”, conta Rafael.
Com exceção das esquadrias do prédio, que foram mantidas, o apartamento foi 100% refeito. A antiga cozinha deu lugar a uma suíte de hóspedes, aproveitando a proximidade do banheiro dos fundos.
A sala de jantar original, que era escondida e delimitada por paredes, foi demolida para dar lugar a uma nova cozinha (com “península” de cocção e mesa de jantar acoplada), totalmente integrada à sala de estar com tv e voltada para o maior protagonista do projeto, que é a vista indevassável da enseada de Botafogo. Além de disso, o banheiro social mudou de lugar e uma suíte master foi criada para a cliente, com a cama voltada para a vista da enseada de Botafogo.
No projeto, o arquiteto destaca as marcenarias sob medida desenhadas por ele próprio, como os painéis de freijó natural que revestem as paredes da cozinha e dos quartos, a mesa de jantar (com tampo e base de quinas arredondadas) acoplada à península de cocção da cozinha e a estante da sala, composta de prateleiras aéreas e um extenso armário inferior suspenso, fixado na parede, com a frente ripada e as quinas arredondadas.
No geral, a decoração é neutra (para não tirar o protagonismo da vista) e segue o estilo contemporâneo atemporal, com predominância de peças com formas curvas, arredondadas e orgânicas, a exemplo do sofá, a mesa de centro, o aparador suspenso na sala e a mesa de jantar acoplada à “península” de cocção da cozinha.
Bastante presente em todo o projeto – dos revestimentos das paredes aos móveis e armários, passando pelo piso em tábua corrida -, a madeira natural traz a sensação de conforto e acolhimento e ganha ares mais urbanos quando combinada com elementos em tons de cinza, como as duas paredes da sala em concreto bruto aparente, o tecido do sofá e o piso em porcelanato que delimita a área da nova cozinha.
Adornos delicados, quadros e fotografias de paisagens cariocas que refletem o gosto e a personalidade da moradora foram garimpados na Casa Ocre. “O amor da ‘gringa carioca’ pelo Rio também está presente no revestimento cerâmico da parede do box do banheiro, com estampa inspirada no icônico calçadão de Ipanema”, exemplifica o arquiteto.
“As cores aparecem de forma pontual nos dois banquinhos próximos à janela da sala, em alguns objetos e pequenos quadros e nas roupas de cama de linho natural”, ressalta ele. Para arrematar, vasos de grandes com plantas foram distribuídos em pontos estratégicos da sala.
A seleção de móveis priorizou peças assinadas por designers brasileiros, com destaque para o banco Leif, do Sergio Rodrigues, as cadeiras de jantar Oscar, do Beto Salvi e Tuti Giorgi, e o sofá Boomerang, do Bruno Jahara para a Lider Interiores.
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