Traços convergentes
Nos dias 18 e 19 deste mês, uma conferência organizada pelo Itaú Cultural reúne designers gráficos mundialmente famosos no auditório Ibirapuera, em São Paulo
Conversamos sobre a interseção entre esse universo e a arquitetura com a curitibana Marina Willer, uma das responsáveis pela identidade visual da tate gallery, em Londres, e o francês Ruedi Baur, que criou trabalho semelhante para o Centre georges Pompidou, em Paris
Quando esses dois mundos se cruzam?
Ambos pensam o espaço para o usuário. O design gráfico pode ser bidimensional, voltado só para o olhar, mas, assim como a arquitetura, embute a ideia de que a relação entre algo completo e algo vazio pode dar sentido e emoção. Além disso, meu trabalho e o do arquiteto são de grande responsabilidade social.
De que forma a arquitetura pode se beneficiar desse encontro?
A arte gráfica tem potencial para ajudar a transformar a percepção que as pessoas têm de pequenos e grandes espaços em construção ou já construídos.
Como ambas as plataformas se aliam em seu trabalho?
Atuo ao lado de arquitetos como Richard Rogers, Herzog, De Meuron e, agora, Marcio Kogan. Isso demonstra que diferentes formas de design podem convergir para comunicar um só conceito.
O que levou em consideração ao idealizar a identidade visual para a Tate Gallery?
Reconhecer que a arte é percebida de diversas maneiras por cada pessoa foi relevante para que a marca do museu se tornasse fexível, fuida, dinâmica e visualmente compatível com as expressões do meio digital.