Oficina Brennand, o templo de um pernambucano
Endereço cultural obrigatório para quem conhece Recife, a Oficina Brennand apresenta trabalhos sincréticos do artista Francisco Brennand
Por Redação do Casa.com.br
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20 Dec 2016, 22h42 - Publicado em 8 Jul 2015, 16h23
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A Oficina Brennand foi criada, em 1971, nas ruínas da olaria fundada pelo pai do artista no início do século 20, como materialização de um projeto de Francisco Brennand, que sofreu forte influência do cubismo e do pintor Pablo Picasso.
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Entre as décadas de 1970 e 1990, Francisco Brennandproduziu cerca de 2 mil peças cerâmicas, entre painéis e esculturas. O sincretismo é um traço que permeia suas obras. Nesta foto, destaca-se o símbolo Ofá (arco e flecha) do candomblé, uma referência ao orixá da caça, Oxóssi, e que se transformou na marca da oficina.
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A Oficina fica nas terras do Engenho Santos Cosme e Damião, no bairro histórico da Várzea, em Recife. O acervo é composto por obras com referências à arte greco-romana e ao candomblé. Um rápido passeio pode reservar o encontro com representações de figuras da cultura clássica, como Helena de Tróia (em primeiro plano nesta imagem).
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Numa das galerias, estão expostos os painéis com os revestimentos cerâmicos de piso e parede de múltiplos desenhos produzidos pela oficina.
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O Templo do Sacrifício é um espaço dedicado à memória das guerras vividas na região.
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Na galeria principal, o som de cantos gregorianos cria uma atmosfera mágica para quem aprecia as peças do renomado escultor.
Durante suas andanças em buscas de personagens e curiosidades do artesanato brasileiro, a editora de CASA CLAUDIA Regina Galvão deparou, no bairro da Várzea, no Recife, com o espaço de trabalho e exposição do pernambucano Francisco Brennand. A antiga fábrica de tijolos, fundada em 1927 pelo pai do artista, virou seu templo. Entre as décadas de 1970 e 1990, ele produziu cerca de 2 mil peças cerâmicas, entre painéis e esculturas, inspiradas nas mitologias grega e romana. “Nesse universo mágico, cercado pela mata, Netuno, Zeus, Ofélia, Édipo, Helena de Troia, Pássaros Guardiões e Serpentes repousam ao som de cantos gregorianos. Quem tem sorte consegue ver o artista passeando pelo terreno. Não foi meu caso. Vi, sim, uma exposição com as mais recentes pinturas dele, produzidas ainda este ano”, contou a editora. Aos 88 anos, Francisco se mantém ativo. Não tem mais força para manusear o barro, mas continua empunhando pincéis. No terreno de 30 mil m², ele conserva sua obra, disposta em diversas galerias, onde trabalham mestres ceramistas que fabricam utilitários e revestimentos de piso e parede com a marca do local. Nesta galeria, você confere algumas das fotografias registradas pela jornalista em sua visita à Oficina Brennand.