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Eduardo Srur expõe uma “árvore que sangra” como denuncia ao desmatamento

A peça fica na calçada do showroom da Neobambu e chama-se Ibyrá Uguy, que significa "árvore que sangra", em tupi

Por Ana Carolina Harada
Atualizado em 10 mar 2020, 08h09 - Publicado em 9 mar 2020, 17h38
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(Reprodução/Casa.com.br)

A Arte não tem o papel de agradar, de cumprir expectativas, ou muito menos de deixar de transmitir as mensagens que precisam ser transmitidas. Quem andar pela Alameda Gabriel Monteiro da Silva, um local nobre de São Paulo,  será confrontado pela nova obra do artista Eduardo Srur, notoriamente conhecido por seu ativismo acerca das questões ambientais.

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(Divulgação/Casa.com.br)

Srur coloca, na calçada do showroom da Neobambu, a peça IBYRÁ UGUY, que representa o assassinato de uma árvore – que, em tupi, significa “árvore que sangra”.

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Trata-se de um tronco de duas toneladas, motosserras e resina vermelha. Chamativa, o objetivo da obra é chocar e lembrar aos passantes da magnitude da tragédia ambiental que acontece no país. “Penso que será a obra mais violenta que concebi. Expor uma árvore aleijada, sangrando, com motosserras enfiadas no seu corpo diz muito sobre o momento atual. O Brasil, que leva uma árvore no próprio nome, não merece esta grandeza. Nós, brasileiros, estamos omissos a destruição do nosso bem mais precioso: as riquezas naturais”, explica Srur. A árvore em questão não foi “assassinada” para esse fim. Ela havia sido removida de uma residência por apresentar risco ao imóvel.

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(Reprodução/Casa.com.br)

As inspirações foram diversas, incluindo algumas de simbolismo religioso e martírio, como a imagem de São Sebastião com flechas no corpo e a instalação “Desvio para o Vermelho”, de Cildo Meireles. Já a parceria com a Neobambu surgiu exatamente por ser nesse período que a marca faz seus lançamentos.

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(Reprodução/Casa.com.br)

A empresa quis transmitir seus valores sustentáveis ao convidar o artista para uma colaboração. “Buscamos conciliar as demandas do mercado com o DNA da Neobambu e por conta disso, a escolha do Srur foi extremamente natural, um casamento perfeito, temos a mesma preocupação com o futuro do nosso planeta”, explica Marco Aurélio Nery, co-founder Neobambu.

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