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Artista resgata resíduos dos mares e das ruas e os transformam em robôs

Com enfoque ambiental, Mônica Turato tem feito um trabalho que aborda sustentabilidade e conscientização através da arte e da reciclagem

Por Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 15h56 - Publicado em 9 ago 2019, 14h39
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(Divulgação/Casa.com.br)

Cerca de 1200 plásticos, 400 pedaços de madeira, 300 pedaços de ferro, 700 pedaços de arames, pregos, parafusos, e outros materiais outros como borracha, acrílico, cristal, vidros foram resgatados e desviados do descarte inadequado com o projeto Robôs Adoráveis, da artista plástica Mônica Turato.

Com consciência ambiental e focada em peças lúdicas, que carregam histórias reais e lendas, Mônica tem feito um trabalho junto ao seu marido, engenheiro civil, que aborda sustentabilidade e conscientização através da arte.

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(Divulgação/Casa.com.br)

“Percebi que muitas peças não aproveitadas nas obras acabavam indo para o lixo. Então, passei a guardar tudo que vinha pela frente: pedaço de madeira de telhado, mangueira, serra, ferro, pregos, pedaços de fios de luz. E toda vez que vou a praia, ou participo dos mutirões de limpeza, recolho muito lixo, principalmente plástico, tampinha de garrafa e brinquedos, são os campeões”, explica a artista sobre como o projeto ganhou vida.

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Os personagens que batizam as miniaturas da série Robôs Adoráveis são inspirados nas lendas e também na vida real, como pirata, Pinóquio, médico e cozinheira. “O médico, por exemplo, é uma homenagem a um profissional muito elogiado por uma paciente que é minha amiga. Ela está grávida de gêmeas, e a inspiração veio em duas ‘robozinhas’ de cabelo cacheado.  O Pinóquio foi algo de percepção. Coloquei uma ponteira que parecia um nariz longo e pronto”, resume.

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(Divulgação/Casa.com.br)
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Para concluir cada trabalho, Mônica leva de dois a três dias. Tudo começa reunindo as madeiras que já vem no formato em que são descartadas. “Primeiro faço o rosto, depois o corpo, pernas e braços de acordo com as características do personagem, demorando mais ou menos tempo para ficar pronto”, comenta.

Além de fazer parte de um projeto sustentável, as criações assumem um papel educativo nas escolas. Algumas professoras da região usam os robôs para contar histórias, fazer concursos de nomes, identificação de materiais e também são utilizados em um projeto chamado Robô Viajante, onde a peça vai dentro de uma maleta para a casa da criança e passa uma semana acompanhando toda as atividades da casa.

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Nessa semana tudo é relatado em um caderno, e depois os pais ou responsáveis ajudam a criança a criar um robô usando material reciclado, que irá participar de uma exposição no colégio, com um bate-papo sobre reciclagem.

Até hoje, Mônica criou 200 robôs para projeto, e alguns deles podem ser conferidos na exposição da Transmutare, que já passou por Balneário Camboriú, Itajaí e Bombinhas.

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