Organização formada por arquitetos de minorias toma partido contra racismo
A presidente da organização diz que a luta é para acabar “com o vírus mortal e generalizado chamado racismo que atormenta a América há mais de 4 séculos"
A Organização Nacional de Arquitetos Minoritários (NOMA, na sigla em inglês) apelou aos arquitetos para “condenar o racismo e assumir um papel ativo na erradicação de preconceitos raciais” após a morte de George Floyd sob custódia policial.
A presidente da organização, Kimberly Dowdell, disse que “como organização, eles devem fazer mais” e que junto dos profissionais da área, devem ter um papel mais ativo na luta para acabar “com o vírus mortal e generalizado chamado racismo, que atormenta a América há mais de quatro séculos”.
A NOMA foi criada em Detroit, em 1971, por 12 arquitetos pretos, para combater os efeitos do racismo na profissão de arquiteto.
Em uma Declaração Pública sobre Injustiça Racial a organização se posicionou: “como arquitetos, somos profissionalmente responsáveis por proteger a saúde, a segurança e o bem-estar do público. A trágica execução de negros americanos nas mãos de pessoas infectadas pelo racismo tem atormentado nossa nação por gerações”.
A declaração promove ainda aos membros o NOMA for ALL, um acrônimo para Acesso, Liderança e Legado diversos, e pede cinco ações no BRAVE, que significa Banir o racismo; Estender (Reach) a mão para aqueles que estão sofrendo; Advogar pelos deserdados; Votar em todas as eleições americanas; e Envolver cada humano que encontrar como gostaria de estar envolvido.
Membros da indústria de arquitetura e do design têm se manifestado contra o racismo nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd, 46, em Minneapolis. Ontem, arquitetos e designers se uniram a mais de um milhão de pessoas em todo o mundo ao postar um quadrado preto no Instagram em solidariedade com os que protestavam pela igualdade racial.
Mas a luta vai além das redes sociais, é necessário ouvir, educar-se, tomar atitudes e, só então, haverá progresso.