Monocromático: restaurante em Tokyo investe no pretinho básico
Chamado Burnside, o espaço é casual de dia e um bar e lounge à noite
Já imaginou construir um espaço completamente monocromático? Pensando em flexibilidade, a empresa norueguesa de arquitetura Snøhetta e o coletivo culinário Ghetto Gastro – do Bronx, em Nova York, EUA – criaram uma sala de jantar para 30 pessoas com uma cozinha aberta, tudo decorado com uma paleta de materiais escuros.
O restaurante, chamado Burnside, foi projetado com o objetivo de entregar uma experiência única aos seus clientes, combinando a proposta de gastronomia imersiva e a intimidade de um bar com a informalidade da loja de conveniência situada abaixo do espaço.
A cor preta foi selecionada para destacar e representar o estilo culinário do Ghetto, que se descreve como “Black Power Kitchen”. Além disso, o tom também se relaciona com a atmosfera dos bares japoneses e a técnica de madeira carbonizada Shou Sugi Ban.
Ao entrar no restaurante, uma faixa de luz âmbar, que corre ao longo do teto, realça o ambiente aberto. Dois degraus determinam a área de jantar e a cozinha. Esta, citada por último, está localizada em uma espécie de palco, transformando o preparo dos pratos em uma performance. A diferença de níveis permite que os chefs e clientes desenvolvem uma relação, a partir do momento que os dois conseguem se ver.
Uma divisória deslizante, curva e escondida pode ser utilizada para fechar a cozinha e tornar o espaço uma galeria temporária. Para facilitar na transição, as mesas são personalizadas e podem ser unidas e dobradas, maximizando o ambiente e permitindo diversos layouts – dependendo do evento. O design flexível foi pensado para atender as necessidades da lista rotativa de chefs da Burnside.
Explorando ainda mais as sensações, o designer de som Devon Turnbull construiu um sistema sonoro sob medida e o artista de flores Makoto Azuma uma série de obras florais para complementar a área de jantar.
*Via Dezeen