Continua após publicidade

Casa no México se inspira nas construções astecas

O escritório MCXA construiu a casa em sintonia com a natureza local e com a história pré-hispânica

Por Redação
9 mar 2021, 06h00
Patio com paredes em madeira ripada. Piscina de pedra clara. Árvores ao fundo.
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

Mauricio Ceballos x Architects (MCXA) construiu a Casa Mague em Malinalco, no México, com um design que considera, cuidadosamente, tanto a natureza quanto a história pré-hispânica do lugar. O local, que foi escolhido pelos clientes pelo seu microclima único e grandes árvores. Ele faz fronteira com o Cerro de los Idolos (Colina dos Ídolos), que é onde os astecas esculpiram um centro cerimonial na encosta da montanha.

Patio com paredes em madeira ripada. Piscina de pedra clara. Área com cadeiras de madeira brancas
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

Ao iniciar o processo de design, a equipe da MCXA considerou as seguintes questões: como fazer uma construção com linguagem contemporânea dentro de um contexto pré-hispânico, que consegue se fundir com o ambiente natural e cultural, respeitando 100% da vegetação existente? Como desenvolver uma casa flexível e atemporal? Como desenvolver uma construção que imita a natureza?

Espaço estreito externo entre duas paredes de madeira ripada. Ao fundo, um tronco de árvore cruza o caminho
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

Em sua resposta, eles decidiram seguir a visão de mundo mesoamericana, onde as árvores têm um significado simbólico desde as raízes, até os troncos e o dossel. Assim como essas três partes de uma árvore, eles dividiram o projeto em três níveis: o primeiro, uma base de espelho que reflete o solo e dá à arquitetura uma aparência de flutuação; depois, o espaço de convivência, tudo no mesmo nível onde ocorre a vida cotidiana; finalmente a cobertura externa natural formada pela folhagem das árvores.

Caminho de concreto no meio do jardim com árvores e costelas de adão. Pátio da casa com madeira ripada ao fundo
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

Ao organizar o programa residencial no local, a MCXA teve o cuidado de não perturbar as árvores existentes, resultando em uma planta baixa que serpenteia ao redor da natureza. Construída em um pavimento térreo, a casa é composta por uma série de volumes flexíveis que se dividem por espaços abertos que incluem a circulação principal, vários terraços e uma grande área social. Dessa forma, o interior se transforma em exterior, e os residentes estão sempre em contato próximo com a natureza no decorrer do dia.

Living com grande janela como parede. Mesa de jantar à frente com três cadeiras pretas. Estante de livros do lado esquerdo. Sofá cinza ao fundo
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

A principal característica do projeto deve ser a sala de estar aberta que dialoga com a estrutura asteca próxima com blocos de madeira em forma de pirâmide que se curvam para cima e ao redor. Em frente a este espaço existe também um jacuzzi e uma fogueira de pedra em alusão ao ‘molcajete’, que é um utensílio tradicionalmente utilizado na cozinha mexicana.

Cabana em vidro com mesa de madeira longa e várias cadeiras pretas. Bancada de cozinha em madeira ripada e pedra preta.
(Diego Padilla Magallanes/ArchDaily)

O design é dominado por materiais naturais e locais, como madeira, pedra e chukum (antigo estuque maia). A MCXA também priorizou a sustentabilidade do projeto com uma série de estratégias: pegada mínima, captação de água da chuva, tratamento de água cinza e preta, reuso para irrigação, redução do consumo de energia por meio de luzes e sensores, gestão de resíduos para a criação de composto e reciclagem de vidro, alumínio e papelão, usando apenas materiais locais com baixos níveis de VOC.

Publicidade