Casa curitibana com pátio de tijolos tem influência modernista
O arquiteto Bernardo Richter se inspirou na obra de Alvar Aalto para criar sua residência
Localizada em um condomínio residencial em Curitiba, a residência do arquiteto Bernardo Richter imediatamente se destaca do entorno. Trata-se de uma casa pátio de um andar com 250 m², recoberta de tijolos. A fachada, desprovida de janelas, possui uma grande garagem de madeira embutida que, imediatamente, conecta-se ao volume principal.
É possível ver a influência do modernismo de Alvar Aalto no projeto. “Quase paralelamente à casa experimental de Muuratsalo de Alvar Aalto, a admiração pelo trabalho do arquiteto finlandês é vista na inspiração da volumetria e na soma de pequenos gestos que criam uma arquitetura genuinamente hospitaleira”, disse Richter.
A planta é enxuta: todos os cômodos ficam em volta do pátio, que é o coração do espaço. A superfície desta área aberta é coberta com pavimentos de pedra cinza até o desnível no centro, feito para abrigar uma fogueira. Ao redor, os demais cômodos se integram por meio de janelas de vidro deslizante, uma forma de deixar a casa fluida e aproveitar o máximo da iluminação natural. Para manter a privacidade dos quartos sem prejudicar a vista para o exterior, brises foram a escolha natural, fazendo outra referência ao modernismo.
Richter se preocupou com os aspectos sustentáveis de sua construção. O desenho em formato de “c” optimiza a incidência de luz do Sol, o que diminui os gastos com iluminação e até calefação. Já os tijolos foram comprados de olarias locais para que não houvesse a necessidade de transporte longa distância. Há também na casa um sistema de coleta e reutilização de água pluvial.