Projeto de Suellen Figueiredo. (Luiz Franco/Casa.com.br)
O piso é uma parte do projeto que pode tanto unificar quanto demarcar visualmente dois espaços. Ainda que não seja um recurso muito comum, a mistura de pisos diferentes é uma opção estética interessante, sobretudo para plantas abertas, delimitando os cômodos com personalidade e um quê lúdico.
Confira na galeria abaixo 7 projetos com ambientes integrados que ousam na mistura e saiba como chegar ao resultado perfeito!
1/7 UMA FAIXA PARA A VARANDA: Trazer o verde para perto, mesmo no quinto andar de um edifício em São Paulo: foi com base nesse desejo dos moradores que a arquiteta Teresa Mascaro inventou uma espécie de quintal junto ao janelão da sala. “A fartura de luz natural deixa o ambiente convidativo e os seixos no chão criam a sensação de espaço externo.” O trabalho artesanal incluiu a seleção e aplicação aplicação manual das pedrinhas sobre a massa cimentada (OTK Construtora) e ainda um perfil de alumínio para delimitar a fronteira com o tacão do restante da área. (Pedro Mascaro/Arquitetura e Construção) 2/7 MOVIMENTO SUTIL: Num imóvel compacto – são apenas 19 m² – integrar ambientes é quase imperativo. “Queria um revestimento único, mas o cimento queimado nem sempre facilita a limpeza da cozinha”, avalia a arquiteta Melina Romano, de São Paulo. Coube às pastilhas cerâmicas (Cerâmica Atlas) aplicadas nos 2 m² da área sujeita à umidade agilizar a manutenção. Para garantir o nivelamento, elas foram colocadas primeiro e o resultado parece se fundir no cinza. “A disposição irregular dá um movimento divertido”, observa. (Evelyn Muller/Arquitetura e Construção) 3/7 PASSAGEM FLUIDA: Depois de abrir a cozinha para a área social, a arquiteta Ana Yoshida buscou um recurso que marcasse discretamente as novas funções de cada espaço do apartamento paulistano. “Imaginei um tapete sem margens muito alinhadas, com cores que compusessem com o cimento polimérico do resto do imóvel”, revela. O porcelanato da Portobello foi aplicado antes. Em seguida, o cimento polimérico reforçado contra trincas preencheu a área livre, cobrindo, inclusive, conduítes de automação espalhados pelo piso. (Luis Gomes/Arquitetura e Construção) 4/7 CORES NA SUÍTE: Ao transformar dois banheiros em um, a reforma executada pela equipe do escritório Tria Arquitetura criou uma sala de banho com 8 m² para o relax da moradora. “Como ainda abrimos a suíte para o quarto, fazia sentido repetir a madeira cumaru nos dois ambientes. Três tons de ladrilhos hidráulicos (Ladrilar) devidamente impermeabilizados protegem as áreas: a frente da banheira, o interior do boxe e o trecho junto à pia. Nesse mix simuladamente aleatório, reside o charme despojado da proposta. (Luis Gomes/Arquitetura e Construção) 5/7 ENTRE O ANTIGO E O NOVO: A perobinha original era uma das preciosidades do apartamento reformado pelo escritório paulistano SP Estudio. “Não queríamos substituir esses tacos, mas, para renovar a cozinha, planejamos um arremate que deixasse o espaço mais atual”, conta a arquiteta Patricia de Palma. Os ladrilhos hidráulicos hexagonais (design dos arquitetos do Metro para a fábrica Brasil Imperial) emolduram o encontro entre a madeira e o cimento queimado à frente. A aplicação de resina hidrofugante protege os materiais da umidade. (Luis Gomes/Arquitetura e Construção) 6/7 FRONTEIRA PERFEITA: Mesmo sem barreiras físicas, poucos espaços conseguem criar uma divisão mais marcante do que a deste apartamento de 100 m² reformado pelo escritório Arquitetura Nacional, em Porto Alegre. “Planejamos uma sala aconchegante e uma cozinha funcional e escolhemos tauari e mármore calacatta como revestimentos.” O contraste elegante também destaca escolhas funcionais, como o encaixe para uma tábua de corte sobre a bancada de madeira e o recorte inclinado no trecho de pedra, pensado para acomodar banquetas. (Marcelo Donadussi/Arquitetura e Construção) 7/7 TAPETE ATÉ O JARDIM: Neste endereço paulistano, dentro e fora de casa são conceitos relativos. De um lado, a sala de refeições exibe assoalho de tauari; do outro, o bangalô conta com um arremate de cimento para resistir às intempéries – e, no meio do caminho, reina o tapete de 25 m² feito de cerâmica (Baepi). Na ponta do lápis, a estampa avança 2,90 m para o interior e 2,20 m para além do pórtico. “Quisemos destacar a integração entre os espaços de modo inusitado”, conta a arquiteta Agnes Manso, autora do trabalho. Vasos e centro de mesa L’Oeil e banqueta da Bali Express. (Cacá Bratke/Arquitetura e Construção)