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Movimento cria parques verticais em São Paulo

O Movimento 90° mapeia empenas vazias da cidade na intenção de revesti-las de parques verticais. Em dezembro de 2013, inaugurou o primeiro deles, no centro

Por Por Luisa Cella
Atualizado em 20 dez 2016, 22h19 - Publicado em 20 mar 2014, 18h34
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“A paisagem urbana de São Paulo é muito marcada por empenas, espaços ociosos que podem ser ocupados”,defende o arquiteto João Pedro David. Em 2011, ele e o paisagista Guil Blanche fundaram o escritório Incriatório a fim de se especializarem nos jardins verticais. Quando já detinham o domínio da técnica, lançaram o Movimento 90° para expandir a escala de seus projetos por edifícios residenciais.“Localizamos cerca de 500 prédios perfeitos para receber esses elementos, a maioria no centro de São Paulo e próxima de corredores como o Elevado Presidente Costa e Silva, o da Av. 9 de Julho e o da Rua da Consolação.” Estima-se que as paredes vivas reduzam até 60% dos poluentes do ar em contato com sua superfície. A dupla recorreu a sites de financiamento coletivo, mas, desde o início, tinha como modelo de negócio a associação a empresas. A marca Absolut patrocinou a construção da primeira obra, instalada na área de 200 m² de um edifício no bairro central. Sua estrutura é composta de uma base de resíduos plásticos reciclados. Essa grande placa protege o paredão e dispõe camadas de feltro em que se plantam as espécies. Um sistema de gotejamento,por meio de tubos, faz a rega. “A cidade se voltou para o carro e o convívio em lugares fechados. O jardim traz de volta o olhar para as ruas”, conclui João.