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Hotel resgata sensação de liberdade da vida ao ar livre

Máxima eficiência com o mínimo esforço, uma equação que garante a liberdade de habitar cenários de natureza sensível com baixo impacto ambiental

Por Lila Guimarães
Atualizado em 9 set 2021, 12h11 - Publicado em 12 jan 2018, 10h00

Com a proposta de integrar o homem ao estonteante Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, cada quarto e área comum do hotel EcoCamp Patagonia foram construídos no formato de domos geodésicos. A solução surgiu quando o principal objetivo dos sócios – os engenheiros Javier López e Yerco Ivelic e a ambientalista Nani Astorga – ficou claro: proporcionar imersão completa com baixo impacto no solo. Parte da proposta é conviver intimamente com a Patagônia, perceber a velocidade dos seus ventos e a passagem do tempo que tinge o dia com inúmeras colorações.

Entrada: ao redor dos domos, uma extensão de madeira rústica dá a sensação de que as instalações são casas com portas convencionais e até varandas em alguns quartos (Divulgação/Victor Affaro)

Dentro da estrutura, porém, conforto e funcionalidade são garantidos. Matematicamente, os refúgios (feitos da combinação de triângulos, pentágonos e hexágonos) são um legado do arquiteto americano Richard Buckminster Fuller, que fez história democratizando as geodésicas. As habitações circulares também sugerem um retorno ao essencial e uma relação mais natural com o entorno. Por volta do século 15, há indícios na região de que os índios nômades alacalufes tinham suas moradias temporárias em versões rudimentares de madeira dessas cúpulas. Com isso, o EcoCamp resgata a sensação de liberdade da vida ao ar livre, recentemente descrita pelo navegador Amyr Klink (fã das geodésicas) no curta Torres e Domos, disponível na internet.

Interior: as cúpulas são revestidas de plástico e tecidos que isolam a temperatura das suas paredes maleáveis. A decoração com lã e peças de madeira lenga marcam a identidade local (Divulgação/Victor Affaro)
Area comum: simplicidade no espaço onde funciona o restaurante do hotel, por onde se pode observar as mudanças de luz no céu e as diferentes cores que ganham o Maciço del Paine (Divulgação/Victor Affaro)
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