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Masp troca equipamentos hidráulicos e economiza 40% de água

Em tempos de crise hídrica na maior cidade do Brasil, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) dá bom exemplo com um efetivo projeto de contenção do gasto de água

Por Foto Levi Mendes Jr.
Atualizado em 14 dez 2016, 12h20 - Publicado em 10 jan 2015, 15h54
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Com nove banheiros públicos, além de oito nos camarins e quatro nos vestiários, o Masp, ícone da arquitetura brasileira criado por Lina Bo Bardi (1914-1992) em São Paulo, consumia a média mensal de 1,7 mil m³ de água até junho do ano passado. Preocupada com essa marca num momento de estiagem sem precedentes na metrópole, a instituição resolveu trocar seus equipamentos hidráulicos dos anos 90 por dispositivos mais eficientes. O resultado veio rapidamente. No primeiro mês, a economia já foi de 40%. “Diante do panorama atual, pensamos cada vez mais na gestão da água em edifícios e residências, e não apenas nos produtos isolados. Por isso, sugerimos esse projeto para o Masp, na época ainda um piloto para nós”, explica Bruno Basile Antonaccio, gerente de marketing da Deca, marca responsável pela parceria. Batizado ProÁgua, o programa, agora oficial e coordenado por Osvaldo Barbosa de Oliveira Jr., engenheiro da empresa, incluiu detecção de vazamentos e manutenção, além da aposentadoria de itens antigos, substituídos por 40 torneiras de fechamento automático e cinco eletrônicas com sensor, 14 válvulas automáticas de mictório e 37 bacias sanitárias com descarga de ciclo fxo de 6 litros. “Só as novas bacias já geraram enorme diferença. Muito se discute sobre o sistema de descarga, mas a peça determinante para o desperdício é a bacia. A norma brasileira hoje pede aos fabricantes modelos de até 6,8 litros/fuxo. As tradicionais engolem de 9 a 14 litros”, explica Osvaldo, cujos mestrado e doutorado focaram o uso eficiente desse bem natural tão precioso.

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